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Estado de Minas

Dívida da Espanha e alerta sobre bancos dos EUA geram pânico

Risco de contágio derruba as bolsas


postado em 18/11/2011 06:00 / atualizado em 18/11/2011 06:34

Os principais índices das bolsas europeias, norte-americanas e brasileira fecharam em queda nessa quinta-feira, com temores diante do risco da piora na crise da dívida na Zona do Euro, após os yields (retornos ao investidor) dos bônus do governo da Espanha atingirem as máximas da era do euro e depois de alertas de risco de contágio dos bancos dos Estados Unidos caso a crise da Europa se agrave. A Espanha colocou à venda 3,562 bilhões de euros (R$ 8,5 bilhões) em títulos com vencimento em 10 anos, e os juros podem subir a 7,088%, os mais altos desde 1997. Depois do leilão, o risco-país da Espanha se aproximava dos 500 pontos, seu nível mais alto desde a criação do euro. A agência de risco Fitch avaliou que o fato de os maiores bancos dos EUA estarem expostos em US$ 50 bilhões de títulos de mercados europeus os coloca em risco de contágio.

O índice pan-europeu Stoxx 600, o principal da Europa, fechou em queda de 1,35%, com baixas na Bolsa de Frankfurt  (-1,07), Paris (-1,58%), Londres (-1,56%), Madri (-0,40%) e Lisboa (-0,81%). Os principais índices do mercado acionário norte-americano recuaram, em mais um dia de baixo giro financeiro. O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 1,58%. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,73%. No Brasil, nem mesmo a elevação da nota de risco do país pela Standart&Poors impediu o contágio da crise européia. O Ibovespa fechou em queda de 2,68%. No mês, acumula perda de 2,31% e, no ano, retração de 17,77%.

Os temores de que a crise da zona do euro se alastre para economias consideradas mais protegidas de problemas estão crescendo. O spread da rentabilidade dos títulos de dez anos do governo francês sobre seus equivalentes alemães se ampliou para sua máxima desde a criação do euro. Mais cedo, a Moody's cortou os ratings de vários bancos do setor público alemão, citando uma menor probabilidade de haver suporte externo em caso de necessidade.

Rigor e protestos O novo premiê italiano, Mario Monti, prometeu nesa quinta-feira, em seu primeiro discurso no Senado, que aplicará um programa baseado em “rigor, crescimento e equidade” e advertiu que “o futuro do euro depende também do que a Itália fizer”. Segundo ele, a “Europa enfrenta seu momento mais difícil desde a 2ª Guerra Mundial”, ecoando as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, feitas nesta semana. Monti deixou claro que o principal problema da Itália é sua falta de capacidade para demonstrar seu potencial de crescimento aos mercados, o que gera grande desconfiança em relação ao país.

Mas, enquanto Monti discursava mais cedo, protestos começavam nas ruas em Roma, Milão, Turim, Florença e Palermo. Segundo uma central do movimento estudantil, as manifestações reuniram 150 mil pessoas em 70 cidades italianas. As maiores manifestações ocorreram em Roma, com 15 mil, em Nápoles, com 20 mil, e nas cidades do Norte. Na Grécia, a polícia grega lançou gás lacrimogêneo contra jovens manifestantes, enquanto milhares de pessoas tomavam as ruas de Atenas para lembrar o levante estudantil de 1973 contra a ditadura militar (1967-1974) e protestar contra as medidas de austeridade do governo. 


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