Petróleo supera US$ 101 com notícia sobre oleoduto

O petróleo em Nova York superou US$ 101 o barril pela primeira vez desde julho com a notícia de que o fluxo de Seaway, um oleoduto-chave, será revertido, permitindo que as refinarias da importante região da Costa do Golfo norte-americano tenham acesso ao petróleo do tipo West Texas Intermediate (WTI).

Traders disseram que a medida vai desbloquear o valor do WTI, cujo uso tem sido em grande medida restringido às refinarias do meio-oeste porque seu ponto de entrega é a central de Cushing, em Oklahoma, de acesso limitado. O WTI perfaz a maior parte da cesta do contrato futuro de petróleos leves da Nymex. A falta de infraestrutura para movimentar o WTI a partir de Cushing tem mantido este tipo de petróleo sensivelmente subvalorizado em relação aos mercados mundiais.

A canadense Enbridge anunciou hoje que pagará US$ 1,15 bilhão por 50% do Seaway Crude Pipeline System, da ConocoPhillips, passando a fazer parte de uma joint venture com a Enterprise Products Partners, a operadora do oleoduto. A Enbridge e a Enterprise concordaram em reverter o fluxo de uma seção do oleoduto, levando petróleo de Cushing para a área do mercado de refino na região de Houston. Após a aprovação dos reguladores, a linha poderá operar o serviço reverso com capacidade inicial de 150 mil barris de petróleo por dia até o segundo trimestre do ano que vem, segundo as companhias.

"A grande notícia é a ação em relação ao Seaway", disse Tom Bentz, diretor do BNP Paribas Commodity Futures, acrescentando que o acesso ampliado ao petróleo WTI vai impulsionar o preço. Às 13h18 (de Brasília), o contrato para dezembro estava em alta de 1,96%, em US$ 101,33 o barril. Na máxima da sessão, o barril foi negociado em US$ 102,06.