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Estado de Minas DIA DAS CRIANÇAS

Games ficam cada vez mais baratos

Fabricação do X-Box no país e depreciação rápida, comum aos eletrônicos, tornam consoles mais acessíveis a cada ano


postado em 04/10/2011 06:00 / atualizado em 04/10/2011 07:22

Movimento em lojas especializadas em videogames, como a Bits Games, em BH, já aumentou por conta dos negócios do dia 12(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Movimento em lojas especializadas em videogames, como a Bits Games, em BH, já aumentou por conta dos negócios do dia 12 (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Eles são os maiores sonhos de consumo da meninada, com controles de movimento, gráficos avançados e um monte de novidades que fazem alguns adultos suspirarem pensando na simplicidade dos carrinhos de rolimã, peões e outros brinquedos dos tempos em que criança não era mercado. Mas embalados nas próprias crueldades da lógica de preços de produtos eletrônicos, são justamente os videogames os brinquedos que mais têm preços reduzidos ano a ano %u2013 e o Dia das Crianças, comemorado na próxima semana, é excelente termômetro desse movimento.

O mesmo Nintendo Wii que chegou a custar R$ 1,5 mil em outubro de 2009 e em 2010 saía a R$ 937,64 tem, este ano, preço médio de R$ 674,34. "É quase um terço do preço praticado há apenas dois anos. Muito disso se deve à pópria estratégia da indústria, que deixa os lançamentos anteriores obsoletos e aposta alto nas novidades lançadas quase anualmente", explica Feliciano Abreu, do site Mercado Mineiro, cuja pesquisa sobre preços de brinquedos mostrou que os consoles de games são os reis da variação negativa.

Entre o último Dia das Crianças e o próximo, o preço médio do Nintendo Wii caiu 28,19% e o do Playstation 2 Combo, da Sony, ficou 8,92% mais barato, segundo a pesquisa. São as maiores quedas de preço do levantamento feito em 12 lojas de Belo Horizonte, com 65 brinquedos. Além disso, as bonanças do longo período de retração do dólar afetaram esse quadro, mas uma fase mais difícil de superar pode estar a caminho. "Se o dólar não ceder, a trajetória de queda nesses preços vai certamente ser invertida no Natal", diz Feliciano.

A assessoria de imprensa da Sony no Brasil, por exemplo informa que o preço sugerido do PlayStation 3 de 160GB é de R$ 1.399 até o dia 31. Depois dessa data, não há informações sobre o que pode ocorrer com o valor. Os videogames lideram também as variações entre lojas %u2013 o Playstation 2 Combo Sony pode ser encontrado por R$ 558,40 e também por R$ 349 %u2013 diferença de 60% no preço.

Enquanto isso, a Microsoft anunciou para hoje a chegada às prateleiras das primeiras unidades brasileiras do X-Box 360, seu competidor na linha da atual geração de consoles. A gigante promete redução de quase 40% no preço, a partir da produção na Zona Franca de Manaus. "Com isso, nossa expectativa é crescer o mercado oficial em 10 vezes em um ano", conta Guilherme Camargo, gerente de mercado do Xbox 360 no Brasil. O preço praticado nos EUA ainda deixa o produto nacional comendo poeira. À venda no site Best Buy, o X-Box 250GB com Kinect (o revolucionário sensor de movimento da marca) custa US$399,99 equivalente a R$ 750. Por aqui, o combo, cujo controle ainda vem de fora do país sai por R$ 1.399. "São tributações completamente distintas, não dá para comparar", responde Camargo.

"Vou esperar para ver se vai chegar às lojas a esse preço mesmo, porque já estava pensando em trocar o meu antigo X-Box", diz o programador Bruno Medina, que não é criança, mas pega carona na data. "Na verdade, 80% desse mercado é composto por adultos mesmo, que acabam estendendo o hábito às crianças. Às vezes, voltam e compram outro console para elas, para evitar briga em casa", diz Pedro Lopes, gerente da Bits Games.

A redução no preço do console da Microsoft é positiva por, de certa forma, empurrar as principais concorrentes no mesmo sentido, segundo Moacyr Alves, presidente da Associação Comercial Industrial e Cultural dos Games (ACICG). "Mas ainda falta política de desoneração para a produção local e essa discussão precisa avançar logo", aponta. O ministro das comunicações, Paulo Bernardo, chegou a defender publicamente, no último mês, política de desenvolvimento industrial que atraia empresas estrangeiras para produzirem localmente softwares e games.


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