Funcionários dos Correios em Minas Gerais participam na manhã desta quinta-feira de um protesto unificado em Brasília. Em greve há 16 dias, os trabalhadores de diversos estados bloquearam a entrada e a garagem do edifício-sede da empresa, no Setor Bancário Norte. Eles querem impedir a entrada de colegas que não participam do movimento. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (SINTECT-MG), caravanas com cerca de 200 pessoas partiram da capital mineira nessa quarta-feira em direção à Brasília.
Os trabalhadores dos Correios reivindicam reajuste no piso salarial e recomposição das perdas, além da convocação dos aprovados no último concurso.
Bancários
O presidente do Sindicato dos Bancários, Rodrigo Brito, esteve no local e incentivou a unificação da luta das classes trabalhadoras, argumentando que qualquer categoria que for derrotada influenciará no resultado da luta de outra, em relação às reivindicações das datas-bases. Os bancários estão em greve em todo o país desde terça-feira. "Os fura-greves atentam contra o direito coletivo", destacou.
Na capital mineira, a categoria promove piquete na porta do Bradesco, na Rua da Bahia com Goiás, no Centro. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% nos salários, o que representa 5% de aumento acima da inflação. Os bancários também pedem aumento nas contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes e fim de metas abusivas impostas pelos bancos. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) dedicado a negociações sindicais, ofereceu 0,56% de reajuste superior à inflação. Nessa quarta-feira, 6.258 agências e centros administrativos em 25 estados e no Distrito Federal ficaram fechadas.