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Estado de Minas

Mineiros aproveitam dólar barato para fazer compras de Natal em Nova York

Turistas estão lotando voos para os EUA e foco da viagem é adquirir presentes natalinos. Dólar barato é atrativo e muitos pacotes já estão com mais de 90% dos lugares vendidos


postado em 19/09/2011 06:13 / atualizado em 19/09/2011 09:05

Região da Times Square, em NY: visita a lojas do local ganhou destaque nos roteiros das agências de viagens e atrai brasileiros
Região da Times Square, em NY: visita a lojas do local ganhou destaque nos roteiros das agências de viagens e atrai brasileiros
“Primeiro dia em Nova York: conhecer a região da Times Square, com seus famosos letreiros luminosos. Visitaremos lojas como Billabong, Quicksilver, Roxy, Element, Swatch, Forever 21 e muito mais… Quinto dia: faremos uma viagem até a região de Central Valley, ao Norte do estado de Nova York, onde passaremos o dia fazendo compras nos maiores shoppings outlets da América do Norte, o Woodbury Commom Premium Outlet. Lá, vamos visitar várias lojas, como Banana Republic, Calvin Klein, Dior, Giorgio Armani, Gucci, Lacoste, Armani, Nike, Prada e muito mais…”

Compras, passeio, compras. Assim têm sido os anúncios das agências de viagens para atrair os turistas nos pacotes para os Estados Unidos até o fim do ano. Afinal, não são poucos os que querem aproveitar para adquirir produtos até 61,5% mais
Vou comprar o presente de Natal do meu namorado e da minha família - Ana Carolina Gonçalves, servidora pública(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Vou comprar o presente de Natal do meu namorado e da minha família - Ana Carolina Gonçalves, servidora pública (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
baratos, caso de tênis da Mizuno (veja quadro). Além do dólar baixo, o aumento da massa salarial da população, o visto mais fácil e o número maior de voos para a terrinha do Tio Sam animam o turista a passear – e fazer compras de Natal – no exterior. Miami e Orlando deixaram de ser as únicas paradas obrigatórias para compras. Nova York também entrou para o pacote das agências de turismo, com preços mais baixos do que os cobrados pelos resorts e alguns destinos no Brasil.

O pacote de seis dias para Nova York custa hoje a partir de US$ 1,78 mil (R$ 3,22 mil). “Há dois anos, esse mesmo pacote custava cerca de 20% a mais. O dólar baixo estimula o turismo de compras para essas cidades”, afirma José Carlos Vieira, vice-presidente nacional e diretor regional da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav). Para Orlando e Miami, os preços dos pacotes são ainda mais convidativos: a partir de US$ 1,15 mil (R$ 2 mil) e US$ 1,20 mil (R$ 2,16 mil), respectivamente.

Procura

A procura de viagens para esses três destinos cresceu cerca de 30% nas agências de Belo Horizonte, segundo a Abav. Até dezembro, muitos pacotes já estão com 90% dos lugares vendidos. A euforia, na opinião dos agentes de viagens, tem uma explicação: compras. “Fica mais barato ir para lá, comprar todos os presentes de Natal e voltar”, observa Marcelo Cohen, diretor da Belvitur Turismo.

Além de fazer compras de presentes, vou ver a decoração de Natal na cidade. Dizem que é linda - Valéria Gomes, autônoma(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Além de fazer compras de presentes, vou ver a decoração de Natal na cidade. Dizem que é linda - Valéria Gomes, autônoma (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
A Green Tours vai fazer em dezembro o pacote “Semana I love New York/Compras de Natal”. “Vamos mesclar turismo, compras e cultura. O dólar favorece muito esse tipo de passeio. Além disso, está mais fácil tirar o visto para os Estados Unidos e há mais opções de voos”, afirma Cláudia Brauer, diretora de marketing da Green Tours.

A autônoma Valéria Gomes já comprou seu pacote para a semana “I love New York”. “Além de fazer compras de presentes, vou ver a decoração de Natal na cidade. Dizem que é linda”, afirma. Valéria tem duas filhas adolescentes, que já fizeram a lista de presentes. “A diferença de preços dos produtos lá e aqui é muito grande. As roupas de marca custam menos da metade do valor”, afirma Valéria.

Vale lembrar que a cotação do dólar comercial no país, nesta mesma época, chegou perto de R$ 2, em 2007, e veio caindo ano a ano. Na última semana, ficou entre R$ 1,69 e R$ 1,73. A diferença é mais um estimulo para Valéria Gomes: “Está valendo muito a pena. Até a alimentação está mais barata nos EUA. Estive em Orlando em abril e conferi os preços”. Ela trabalha com representação de tecidos e roupas e vai aproveitar para conferir os lançamentos na metrópole.

Status

Primeiro foi a febre dos enxovais de bebê em Miami. A moda agora é comprar importados direto na fonte para presentear e a lista de opções de destino só aumenta: depois da metrópole na Flórida, Nova York entrou no roteiro. Além de impressionar parentes e amigos com produtos “made in USA”, consumidores estão em busca de preços mais em conta. O dólar barato é o principal argumento e, com a frequente desvalorização da moeda americana frente ao real, fica difícil para a indústria nacional competir com produtos de fora. O aumento da renda, aliado à facilidade do crédito no setor de turismo, não consegue conter o desejo de brasileiros despejarem dólares no exterior – só em julho, o volume rompeu a barreira recorde dos US$ 2 bilhões.


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