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Estado de Minas

Setor siderúrgico defende medidas contra importações indiretas de aço


postado em 30/08/2011 18:19 / atualizado em 30/08/2011 18:33

O presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, disse nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, que o setor siderúrgico vem perdendo competitividade por não conseguir acompanhar os preços dos produtos importados, que entram em maior número no mercado nacional, com a valorização do real. A queixa se dirige não só à situação do aço bruto, mas também à do aço contido em mercadorias de maior valor agregado, como veículos. Segundo ele, esse cenário tende a se agravar considerando-se a existência de um excedente de capacidade de produção de aço no mundo, projetada, este ano, em 532 milhões de toneladas. %u201CA base da cadeia está sendo atacada%u201D, disse. Para reverter essa situação, o IABr levou aos ministros Antonio Patriota, das Relações Exteriores, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pedido para que seja nivelado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) na importação, na faixa de 2% a 3%, o que eliminaria a guerra fiscal entre os estados. %u201CIsso é vital para o setor, porque continua entrando material%u201D. Outra preocupação levada aos ministros diz respeito ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A indústria siderúrgica defende que o Inmetro possa efetuar %u201Ccom liberdade%u201D a verificação de conformidade dos produtos que entram no Brasil, visando a checar a qualidade e a segurança desses bens. Para Lopes, o setor siderúrgico deveria ter, nesse quesito, um tratamento diferenciado, em caráter emergencial. Segundo o presidente do IABr, isso significaria ter %u201Cum grau de defesa comercial mais consistente para o setor do aço brasileiro%u201D. Estudo da Fundação Getulio Vargas, entregue aos ministros pela entidade, revela que, em razão da valorização cambial de 30%, a proteção tarifária de 12% a 14%, definida para o aço, cai para - 20% a - 22%. O estudo evidencia, ainda, que, ao se combinar os efeitos da valorização do real com a desvalorização da moeda chinesa, a proteção tarifária atual do aço reduz-se a - 45%. A expectativa de menor crescimento do mercado interno, em função do desaquecimento da economia como resultado das políticas monetárias restritivas, e a acirrada concorrência das importações, levaram o IABr a rever as projeções do setor para 2011. A entidade acredita que haverá redução na produção, %u201Cfruto da retração dos setores consumidores%u201D. A produção de aço bruto, por exemplo, deverá alcançar 36,3 milhões de toneladas, com expansão de 10,5%. Mas o aumento é aparente segundo Lopes já que o número representa redução de 0,8% em relação à previsão anterior de 39,4 milhões de toneladas.


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