A regra que permite a portabilidade dos planos de saúde foi bem recebida por entidades representativas do setor, como a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) e a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). Essa última participou da elaboração da proposta quando em consulta pública e lembrou do benefício para os usuários em poder mudar de plano quando estiver insatisfeito sem ter que cumprir carência para determinados tipos de atendimento.
Dessas reclamações, 49,06% são relacionadas aos planos de saúde regulamentados e não regulamentados. Segundo o cadastro, os principais problemas apontados são os que se relacionam com o não cumprimento do contrato por parte das operadoras de saúde, ou seja, quando há uma negativa de cobertura de algum procedimento, quando é realizado um reajuste abusivo ou não previsto em contrato ou quando existe um descumprimento à oferta prevista em cláusula.
Mesmo com a portabilidade, a Abramge acredita que não haverá grande movimentação de usuários mudando de planos, porque, segundo a entidade, mais de 80% dos usuários estão satisfeitos com seus planos, conforme pesquisa realizada recentemente. A associação também alega que, como o usuário desenvolve um relacionamento de confiança com os médicos, ambulatórios e laboratórios que seus planos oferecem, isso contribui para sua permanência em determinado plano.