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Estado de Minas

Aumenta a concorrência da indústria de cosméticos em Minas


postado em 18/07/2011 06:25 / atualizado em 18/07/2011 07:59

Novos investimentos da indústria de perfumaria e cosméticos dão o tom da concorrência apertada do setor em Minas Gerais. O grupo Boticário lançou na semana passada a marca Eudora no estado, com duas lojas próprias em Belo Horizonte – no BH Shopping e no Shopping Cidade –, uma rede de revendedoras porta a porta e um site de compras. A tradicional unidade de negócios da empresa, O Boticário, também está ampliando sua participação no mercado mineiro. O presidente do grupo, Artur Grynbaum, prevê, até dezembro, a abertura de mais 18 lojas das quais quatro próprias, que vão se juntar a outros sete pontos de venda abertos nos últimos seis meses. A negociação com os franqueados está em fase de conclusão, num cenário de apostas para crescimento de dois dígitos do consumo no Brasil este ano.

A Natura conta, desde dezembro do ano passado, com um segundo centro de distribuição mineiro instalado em Uberlândia, no Triângulo, como reforço aos serviços de atendimento da marca, antes apoiados num único centro de distribuição em Matias Barbosa, na Zona da Mata. A estratégia, conforme já havia informado o executivo responsável da empresa na região que engloba o estado, Luis Bueno, consolida o processo de descentralização administrativa, estruturado em unidades regionais de negócios.

Mais antiga concorrente do sistema de vendas de porta a porta, a Avon não divulga dados sobre o desempenho da marca por estado, mas não tem motivos para reclamar. A empresa investiu US$ 150 milhões num novo centro de distribuição inaugurado este ano em Cabreúva, no interior de São Paulo, e o número de revendedores autônomos da marca no Brasil ultrapassou 1,1 milhão em 2010. No mundo, a força de vendas da Avon aumentou 4%, o lucro de US$ 1,1 bilhão subiu 7% frente a 2009 e os investimentos em publicidade cresceram de US$ 48 milhões para US$ 400 milhões.

Depois do lançamento da marca Eudora, do Grupo Boticário, em São Paulo, Minas é o primeiro estado em que a empresa investe no desenvolvimento da venda direta, principal canal de comercialização dos 300 itens da linha, além das vendas pela internet. “Escolhemos o mercado mineiro porque temos uma boa performance no estado, uma tradição de atuação na região e condições de criar diferencial de vendas”, diz Artur Grynbaum, presidente do grupo. A empresa não revela os valores dos investimentos na expansão das duas marcas no estado. A rede de revendedoras da Eudora começa a ser formada e o site de compras deve estar pronto para comercializar os produtos a partir do mês que vem. Das 3,1 mil lojas da rede no Brasil, 300 estão em Minas. Na capital, são 26 pontos de venda próprios e 15 franquias.

Segundo Grynbaum, a empresa expandiu 30% no ano passado e tem tudo para repetir a boa performance. “Nosso segmento cresce no mundo como um todo e principalmente no Brasil. O crescimento do consumo neste ano tende a ficar próximo do que observamos em 2010”, afirma o executivo. Revendedora da Avon há cinco anos em Minas, Maria Elisa Miguez Lott Stancioli afirma que o consumo não para de crescer, impulsionado pela diversificação de linhas de perfumaria e cosméticos da marca. “Mineiro é muito desconfiado, mas quando conhece o produto e se sente seguro na compra, se torna fiel consumidor e indica”, afirma. O mercado brasileiro é o terceiro maior consumidor do mundo, superado somente pelos Estados Unidos e o Japão, nesta ordem, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

Saiba mais

Mercado promissor


O Brasil é o primeiro mercado consumidor do mundo em desodorantes, produtos infantis e perfumaria. Ainda no ranking mundial, com base em dados coletados pela Abihpec, o país é o segundo em vendas de itens para higiene oral, proteção solar, produtos para cabelo e banho e masculinos. Os brasileiros aparecem em destaque também no consumo de itens para o tratamento da pele e para depilação. Os chineses estão em quarto lugar no consumo mundial, seguidos pelos alemães e os franceses, na sexta posição.


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