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Estado de Minas BELO HORIZONTE

Com obras, BRT vira "bagunça, ruído e transtorno"


postado em 07/07/2011 06:00 / atualizado em 07/07/2011 08:01

O significado de BRT (Bus Rapid Transit, sigla em inglês) se multiplicou desde a escolha do modelo de transporte a ser implantado para a Copa do Mundo de 2014. As três letrinhas viraram sinônimo de melhoria no trânsito. Mas enquanto o novo cenário não se desenha e os corredores rápidos de ônibus não saem do papel, um outro conceito é aplicado à sigla: “bagunça, ruído e transtornos”. Quem se depara com as obras de implantação do sistema na porta de casa ou do comércio relata a repetição de problemas e, por esses motivos, lojistas se antecipam e procuram novos locais para instalar seus empreendimentos, evitando quedas bruscas no faturamento.

Mesmo antes das obras, com as incertezas da prefeitura e sabedores das obras, empresários que estavam instalados há anos em imóveis às margens da avenida decidiram não renovar os contratos de aluguel e procurar novos pontos nos bairros próximos, mesmo perdendo a fiel clientela e o movimento diário superior a 60 mil veículos. Da poeira ao barulho, passando pelos desvios de trânsito, são muitas as interferências na rotina das empresas que podem sofrer perdas na arrecadação.

A debandada dos comerciantes começou há quatro meses, quando, segundo empresários, a prefeitura deu sinais de indecisão em relação ao início das obras e sobre o lado da avenida que seria desapropriado. Imediatamente, o proprietário de uma empresa de prestação de serviços decidiu procurar nas redondezas um novo ponto, com visibilidade semelhante. “Não tem nada definido para os comerciantes. Por isso, tive que fugir das obras. Depois podia ficar muito em cima e dificultar para encontrar novo imóvel”, afirma Mauro Souza dos Santos, que trabalhava na Pedro II desde a década de 1980 e mudou para a Avenida Nossa Senhora de Fátima. Por também ser movimentada e perto do antigo imóvel, a via foi a mesma escolhida por muitos daqueles que abandonaram a Pedro II.

Migração

Mas nem todos optaram pela ‘migração’. Apesar de ter conhecimento dos problemas causados por obras prolongadas nas portas das lojas, o empresário Lucas Martins fechou contrato de três anos para instalar um desmanche especializado na Avenida Pedro II, na tentativa de aproveitar o fluxo da região. Mas assinou o documento com uma ressalva: uma cláusula prevendo que a partir do dia que tiver máquina na avenida ele tem permissão para rescindir o contrato sem multas. “A prefeitura ainda não definiu datas e não sabe ao certo qual lado será desapropriado”, diz Martins, que, antes de mudar, procurou os órgãos municipais para ter orientações sobre a obra.


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