A precária infraestrutura do Aeroporto Internacional Tancredo Neves voltou a causar imensa dor de cabeça a usuários na noite de terça-feira, quando 11 voos com destino previsto para três terminais de São Paulo foram desviados para Confins, devido a problemas meteorológicos, que obrigaram o fechamento dos terminais de Congonhas (São Paulo), Guarulhos (Cumbica) e Viracopos (Campinhas). Apesar de o problema ter sido causado por má condição climática em aeroportos de outro estado, o terminal mineiro seria reprovado caso a sobrecarga recebida na noite de terça-feira fosse um “teste” para a Copa do Mundo de 2014 .
A noite de terça-feira foi marcada por “congestionamento” de aeronaves no pátio. Muitos aviões precisaram sobrevoar o terminal por quase uma hora à espera de autorização para aterrizar. Foi o caso de um voo que havia partido do Aeroporto JK, em Brasília, às 20h45. Relatos de usuários informam que o avião chegou a Confins no horário previsto (às 21h40), mas não pôde pousar naquele instante. Pior: o piloto precisou arremeter a aeronave, aumentando o estresse dos passageiros.
“Ao se aproximar da pista, o comandante foi obrigado a arremeter por determinação da torre de controle de tráfego. Aguardamos 40 minutos no ar, próximo a Confins, devido ao congestionamento. Até aí tudo bem: acontece em qualquer lugar do mundo. Contudo, ao aterrizar, contei 16 aviões parados pátio e 13 na fila para desembarque. Isto é, 25 aeronaves em procedimento de embarque e desembarque. Este cenário foi o suficiente para fazer o aeroporto de uma das maiores cidades do Brasil entrar em colapso”, relata o engenheiro José Aparecido da Silva.
Ele acrescenta que o avião em que estava aguardou por mais de uma hora para iniciar o procedimento de desembarque. “Se Confins é realmente um aeroporto internacional e uma alternativa para os demais terminais brasileiros, 20 ou 30 aeronaves não são motivo para colapso das operações de embarque e desembarque”, acrescenta. A Infraero informou que “foi uma situação atípica, que envolvia questões meteorológicas às quais qualquer aeroporto, em qualquer lugar do mundo, está sujeito”.