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Estado de Minas

Preço menor dos combustíveis ainda não chegou aos postos

Governo diz que redução começaria nessa segunda-feira, mas queda pode levar até 3 semanas para chegar às bombas, diz Minaspetro


postado em 10/05/2011 06:00 / atualizado em 10/05/2011 06:45

Posto na Região Centro-Sul de BH: segundo o sindicato dos estabelecimentos, redução já começou a ser sentida nas distribuidoras(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Posto na Região Centro-Sul de BH: segundo o sindicato dos estabelecimentos, redução já começou a ser sentida nas distribuidoras (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Depois de um período de intensa alta, provocado principalmente pela entressafra da cana-de-açúcar, os preços dos combustíveis devem começar a cair. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu, em pronunciamento na Câmara dos Deputados, em Brasília, que a queda começaria nessa segunda-feira. “A partir de hoje (segunda-feira) poderemos perceber nitidamente a redução do preço do etanol na bomba”, afirmou. Entretanto, a redução dos preços ainda não chegou às bombas dos postos da capital mineira.

No posto Ponte Nova, na Avenida Nossa Senhora do Carmo, Região Centro-Sul, os preços não foram alterados. A gasolina continua a ser vendida por R$ 2,94, e o etanol por R$ 2,39, valores iguais aos praticados na semana passada. O mesmo ocorreu no Posto Corujão, na Rua do Ouro, também na Região Centro-Sul, que vende gasolina por R$ 2,989 e etanol por R$ 2,399.

A redução, porém, já foi sentida nas distribuidoras. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Paulo Miranda, diz que o preço da gasolina na distribuidora caiu R$ 0,02. Já o álcool hidratado (combustível) caiu R$ 0,10, mas ele não sabe quando os postos repassarão a queda, pois ainda é necessário fazer a média com o preço anterior estocado.

“Para ser repassado totalmente leva até três semanas”, ressalta Miranda. Isso acontece porque os postos têm estoques que foram pagos no preço antigo e precisam fazer uma média com o novo preço. Na visão do ministro, o governo tomou as medidas necessárias. Lobão lembrou que há nove anos o combustível sai das refinarias com o mesmo preço e que o aumento ocorre nas distribuidoras e nos postos de gasolina.

Para Miranda, o ministro não conhece o setor. “O preço da gasolina subiu por causa do álcool anidro, que é misturado na gasolina”, afirma o presidente do Minaspetro. De acordo com ele, o preço do derivado da cana-de-açúcar avançou de R$ 0,80 para R$ 2,80, considerando o preço praticado pelas distribuidoras. Como a gasolina leva até 25% de álcool anidro, o impacto foi de até R$ 0,80.

Cartel

O ministro disse que Agência Nacional do Petróleo (ANP) passará a ter responsabilidade de cuidar também do etanol. Além disso, admitiu que em alguns estados há cartel nos postos de gasolina. “Nitidamente está havendo cartel. Pedi que a ANP fosse ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para que esse descalabro fosse resolvido”, afirmou. O ministro disse que, a partir de agora, as punições para os donos de postos que formam cartéis na cobrança dos combustíveis serão rigorosas. Pode haver cobrança de multa e até o fechamento do posto. O presidente do Minaspetro, Paulo Miranda, afirmou que os postos já são intensamente fiscalizados pela ANP. “Os postos são o elo fraco da cadeia”, afirma. (Com agências)


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