Brasília – Mesmo antes de sair, os editais de concessão dos principais aeroportos do país já recebem críticas das empreiteiras. Se o documento de abertura do leilão confirmar o prazo de exploração de 20 anos, como anunciou na terça-feira o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, a licitação que garantiria a ampliação dos terminais antes da Copa do Mundo de 2014 poderá ser abortada logo na decolagem. Para amortizar gastos nas obras e ainda garantir lucro – principal razão dos investimentos da iniciativa privada –, as concessões deveriam ser de, no mínimo, 30 anos, disse uma fonte das companhias aéreas.
Aos olhos dos especialistas, se quiser se dar bem na privatização dos aeroportos, o governo vai ter que preparar um edital capaz de atrair os investidores, com garantias e regras bem definidas. A definição do modelo para o leilão dos aeroportos será determinante para a largada da formação dos consórcios. Por enquanto, todas as construtoras têm interesse, desde as grandes – que já operam ou constroem aeroportos no exterior, como Camargo Corrêa e Odebrecht – até as de médio e pequeno porte, como as que integram a Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop).