Brasília – O aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente nos empréstimos à pessoa física de 1,5% para 3% ao ano, anunciado na quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai complicar ainda mais a vida de quem precisa renegociar uma dívida ou está pendurado no cartão de crédito e no cheque especial.
O subsecretário de Tributação e Contencioso da Recita Federal, Sandro Serpa, alerta que a situação é ainda mais difícil no caso do cheque especial, uma vez que cada "saque" é considerado novo empréstimo. Ainda assim, garantem os especialistas em finanças, vale a pena o consumidor refinanciar dívidas antigas, tentando obter condições melhores de pagamento. "Não muda a necessidade do consumidor de trocar uma dívida mais cara por um crédito mais barato, como consignado. Ele vai tomar o empréstimo e, no máximo, virar mais um devedor para ser administrado no futuro", ponderou o professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) Fábio Gallo Garcia.
