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Estado de Minas

Norte e Nordeste reduzem fatia de SP na venda de carros


postado em 20/03/2011 10:17

A capital de São Paulo continua a ser o motor da indústria automobilística brasileira. É, isolada, a maior consumidora de veículos novos do País, mas vem perdendo espaço para cidades que antes tinham pouca representatividade no mapa de vendas.

Nos últimos quatro anos, as vendas de carros novos em São Paulo cresceram 15%, enquanto o mercado total teve salto de 42%, de 2 33 milhões de unidades em 2007 para 3,3 milhões no ano passado. No mesmo período, Salvador e Recife apresentaram aumento de mais de 50%. Em Teresina, foi de 74% e em Campo Grande de 60%. João Pessoa e Aracaju venderam 49% e 47% a mais, respectivamente. Juntas, as seis capitais licenciaram quase 230 mil veículos em 2010. São Paulo, sozinha, vendeu 375 mil unidades, mas sua participação no bolo total caiu de 14% em 2007 para 11% no ano passado.

O que está ocorrendo nas demais capitais e outras grandes cidades do País no setor automotivo é o retrato do papel que a força das Regiões Norte, Nordeste e até Centro-Oeste está desempenhando na economia brasileira.


"Em São Paulo, basicamente o mercado é de substituição", afirma Sérgio Habib, presidente do Grupo SHC, que inaugurou, na sexta-feira, 46 revendas de veículos da marca chinesa JAC em 28 cidades do País, entre as quais Recife, João Pessoa e Belém. "O Norte e o Nordeste é onde o Brasil está crescendo, além de regiões agrícolas, como Uberaba e Uberlândia."

Maior renda, mais massa salarial, juros acessíveis, prazos longos no financiamento, confiança na economia e preços estagnados estão puxando as vendas de automóveis no País todo, mas nas regiões antes menos favorecidas o impacto é mais percebido, diz o sócio da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), Marcelo Cioffi. "Se o círculo de crescimento da economia, dos empregos e da renda continuar, essas regiões têm potencial de crescer muito mais do que o Sul e o Sudeste e passar a puxar mais o mercado automobilístico", avalia Cioffi.

Outro fator que deve contribuir é o potencial de mercado quando analisado o número de habitantes por veículo. No Estado de São Paulo, a paridade é de 4,7 habitantes por carro. No Rio Grande do Sul é 5,48, em Pernambuco 13,5, e na Bahia, 16,6. "O Sul e o Sudeste têm menos densidade e, portanto, menor potencial de crescimento em relação às outras regiões", afirma o consultor da PwC.


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