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Estado de Minas

Média de carros por habitantes em cidades mineiras tem números dignos de Los Angeles


postado em 13/03/2011 07:37

As duas cidades da divisa mineira têm números semelhantes aos de Los Angeles (EUA), ícone da cultura automotiva. A cidade mais populosa do estado da Califórnia, com 3,8 milhões de habitantes, tem frota de 6,6 milhões de veículos, o que confere à cidade a fama de mais motorizada do planeta, com média de

1,7 carros para cada morador. Para que a frota não pare no engarrafemento, Los Angeles conta com uma estrutura viária gigantesca, que inclui 4,3 mil semáforos e 850 quilômetros de freeway (estradas de alta velocidade).

Ao interpretar as estatísticas das duas cidades mineiras o estranho se torna absurdo. Na acanhada Santa Bárbara do Monte Verde (2,04 veículos por habitante) há apenas um posto de combustível. Não existem semáforos e nem sinalização ostensiva para controlar a frota. Também não há concessionárias de veículos e muito menos financeiras oferecendo crédito fácil para a venda de automóveis.

Fronteira

Uma ponte separa Rio Preto do estado do Rio de Janeiro, mais precisamente de Parapeúna, distrito de Valença. Proprietário de um posto de combustível do lado fluminense da ponte, Luiz Carlos Barbosa gosta de viver na divisa, mas só lamenta a demora para chegada de alguns produtos. “Aqui é fim de linha. Toda mercadoria demora a chegar”, afirma. Mesmo morando do lado fluminense, ele emplacou o carro em Rio Preto: “Tem uma vistoria mais branda”.

Em Rio Preto, porém, moradores se incomodam com a situação. J.S, por exemplo, se lembra do excesso de correspondências que chegavam a um apartamento que ela alugou na Rua Nilo Peçanha, em Rio Preto. “Toda semana recebia dezenas de cartas do Detran, para diferentes pessoas, e para o mesmo endereço”, ela conta. “Fiquei preocupada e levei tudo na delegacia, mas depois vi que alguém sempre ia buscar as correspondências no prédio”, acrescenta. A profusão de documentos, multas e outros comunicados do Detran para endereços específicos também causa estranheza aos funcionários da agência dos Correios da cidade.

Quem também sofreu as consequências da facilidade de se emplacar carros na cidade foi o taxista Jorge da Silva. No mês passado, ele dirigia na Via Dutra, próximo a São João do Meriti (RJ) quando foi abordado por policiais civis. “Os policiais viram a placa de Rio Preto, me seguiram e mandaram que eu parasse. Pediram todos os documentos do carro, a licença do táxi e, ao final, disseram que estão investigando os veículos emplacados em Rio Preto e que transitam fora da cidade”, contou.

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