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Estado de Minas INVESTIMENTOS

Governo de MG cobra acordo com a Petrobras

Anastasia retoma negociações com a estatal para expansão da Regap e instalação de fábrica de ácido acrílico em Ibirité


postado em 03/03/2011 08:02

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, retomou negociações com a diretoria da Petrobras para tentar incluir a Refinaria Gabriel Passos (Regap), de Betim, nos planos de expansão da estatal e cobrar o cumprimento de protocolo de intenções firmado em 2005 prevendo a instalação de uma fábrica de ácido acrílico em Ibirité, no entorno da capital mineira. Anastasia vai receber diretores da Petrobras em audiência que está sendo acertada para no máximo em três semanas e que poderá contar com a presença do presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. A conversa será estendida a um encontro com empresários mineiros, num evento articulado junto à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Com a iniciativa, o governo e os industriais do estado reagem na briga pela expansão da Regap, considerada perdida dentro do próprio meio empresarial, e a criação de um complexo acrílico, cedendo a vez para Camaçari, na Bahia. “Precisamos de ter uma participação mais importante aqui da Petrobras, especialmente para possibilitar a instalação de uma indústria petroquímica no estado”, disse o governador de Minas, ao dar posse, na manhã de ontem ao presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Matheus Cotta de Carvalho.

O presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, afirmou que não há como justificar a falta de investimentos pesados em expansão no refino de petróleo em Minas, ante o forte crescimento da economia mineira nos últimos anos. “A Petrobras investe em refinarias novas e mais eficientes na costa brasileira e com isso Minas, que tem uma economia de grande consumo, ficará com uma unidade industrial de refino caminhando para se tornar obsoleta”, critica. Há estimativas de que o estado perde R$ 1,5 bilhão em impostos por ano como decorrência da incapacidade da Regap de atender ao crescimento da demanda por combustíveis.

“O gás que atenderá o polo de fertilizantes de Uberaba (no Triângulo Mineiro) sairá de São Paulo, sem agregar qualquer valor a uma produção que deveria estar em Minas. Os últimos investimentos na Regap foram feitos como remendos que antecederam o governo Fernando Henrique Cardoso”, alfineta o presidente da Fiemg. Em Betim, o presidente da associação comercial e industrial local, Helvécio Siqueira Braga, diz que ampliação da capacidade de refino de petróleo em Minas foi discutida com empresários da indústria em 2005, junto à proposta de criação de uma fábrica de ácido acrílico.

Mais crédito para comércio e serviços

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) vai oferecer novas linhas de crédito para financiar as empresas do comércio e de prestação de serviços, setores que terão atenção especial da instituição neste ano. Ao tomar posse, ontem, na direção do banco, o economista Matheus Cotta de Carvalho afirmou que esses dois segmentos, pouco incentivados na história do BDMG, não só terão prioridade, como também estão no alvo de um esforço para tornar mais ágil a burocracia da liberação de recursos.

No ano passado, os desembolsos do BDMG somaram R$ 1,39 bilhão, dos quais 68% foram destinados à indústria, portanto, mais de um terço do total. A participação dos clientes do setor de serviços ficou limitada a 28%, mesma proporção de 2009, embora ela tenha crescido oito pontos percentuais na comparação com 2006.


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