
O ministro disse ainda que o saldo da balança comercial deve ficar positivo este ano em cerca de US$ 10 bilhões ou mais. "O saldo está positivo, mas está em queda. Nós perdemos muito em saldo", disse. "Nós não podemos ficar passivos. Temos que avançar na defesa de nossa indústria e recuperar o espaço que tínhamos na recuperação de manufaturados."
Há cerca de duas semanas, Pimentel disse que os setores que poderiam ser beneficiados pela elevação das alíquotas de importação para até 35% seriam o têxtil, o de vestuário, o de calçados e o de eletroeletrônicos.
PSI
Pimentel confirmou ainda que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) será prorrogado e informou que a Medida Provisória (MP) que detalha as condições do programa será publicada em até 48 horas. "O PSI continua e vai ser prorrogado em condições muito adequadas", afirmou, após se reunir com empresários em São Paulo. "Acho que as condições serão muito favoráveis ao que foi acordado com o setor produtivo. Os juros serão equalizados, como eram antes", acrescentou.
Mais cedo, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, presente ao encontro, disse que Pimentel garantiu que o PSI seria uma política definitiva e que não haveria mais necessidade de prorrogá-lo. Atualmente, o PSI financia a compra de máquinas e equipamentos com juros 5,5% ao ano, prazo de dez anos e carência para o pagamento de dois anos.
Pimentel disse ainda que a desoneração da folha de pagamento continua a ser discutida no governo e que o debate está sendo conduzido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A intenção da presidente Dilma é avançar nessa direção e ainda neste primeiro semestre remeter para a Câmara dos Deputados medidas nessa direção, mas não posso adiantá-las", disse.
