![Um lugar que deveria ser um ambiente de aprendizado é, para muitos, um palco de acontecimentos preconceituosos (foto: Drazen Zigic/Freepik) Sala de aula](https://i.em.com.br/Gk4EJx41jTtwTdcP5juI_AN4T3o=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2023/08/16/1547029/sala-de-aula_1_116886.jpg)
No total, 2 mil pessoas de 16 anos ou mais em 127 municípios brasileiros das cinco regiões do país foram ouvidas pelo Ipec e, entre elas, 66% apontaram que a violência verbal é a forma mais comum de manifestação do racismo. Já 42% afirmaram sofrer mais com o tratamento desigual. Em seguida, 39% disseram ter sofrido violência física.
Além do ambiente escolar, 29% alegaram ter sofrido racismo no trabalho, 28% e espaços públicos (ruas, praças e parques), 18% em estabelecimentos comerciais e 11% no próprio ambiente familiar.
Mesmo com a existência da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira dentro das disciplinas presentes na grade curricular, somente 46% dos entrevistados disseram ter aprendido sobre o tema nas aulas.
Os resultados do levantamento mostram que 74% dos entrevistados são a favor da reserva de vagas em universidades, concursos públicos e empregos em empresas privadas para a pessoas negras e indígenas; 44% afirmaram que a raça, cor ou etnia é o principal fator gerador de desigualdades no país e 81% concordam que o Brasil é um país racista, embora apenas 11% admitam ter atitudes racistas.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.