![Desde a invasão portuguesa no Brasil, os povos indígenas sofrem com marginalização e preconceito(foto: Edgar Kanaykõ/Divulgação) Indígenas, foto em preto e branco](https://i.em.com.br/LN3bgYxhUNlUxD1pn1uSS062XnA=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2023/04/19/1481591/indigenas-foto-em-preto-e-branco_1_744629.png)
O Dia do Índio teve seu nome mudado a partir de um projeto de lei apresentado em 2019 e aprovado no Congresso Nacional e sancionado pela Presidência em 8 de julho de 2022, mudando oficialmente seu nome.
Segundo os próprios indígenas, tratar os povos originários pelo termo ‘índio’ é limitado e reducionista, e acaba, por vezes, sendo utilizado como sinônimo de algo ‘selvagem’ ou ‘atrasado’, além de colocá-los como uma única entidade.
Essa mudança abarca e reconhece a diversidade cultural dos povos indígenas, destacando que cada povo tem sua própria história, tradições e modos de vida. Além disso, enfatiza que essas comunidades são compostas por indivíduos distintos e autônomos, cada um com sua própria identidade cultural.
Os povos originários têm sido historicamente marginalizados e discriminados no Brasil, e essa mudança de nome é uma forma de reconhecer sua existência e contribuição para a plural e rica tapeçaria cultural do nosso país.
Conforme o relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, em 2021 foram 305 casos de invasão, exploração ilegal e danos a 226 terras indígenas de 22 estados. O relatório com os dados de 2022 ainda será divulgado.
A mudança de nome ainda está em processo de consolidação. Apesar de oficializada, muitos ainda usam a expressão “Dia do Índio”, seja por costume ou por não entender a diferença. No entanto, a mudança para “Dia dos Povos Indígenas” é uma tendência crescente que reflete a necessidade de uma visão mais justa e inclusiva da imensa diversidade cultural do Brasil.