
O incidente, que foi registrado em vídeos compartilhados nas redes sociais, ocorreu na quarta-feira (14), afetando indígenas que estavam acampados à beira do Rio Negro e em outras áreas urbanas da cidade. Estes indígenas, incluindo aqueles que migram das aldeias para a cidade para tratar de questões burocráticas, como obtenção de documentos e benefícios sociais e previdenciários, sofreram as consequências de uma tempestade que destruiu seus escassos bens e alimentos.
A situação dos indígenas no Amazonas se deteriorou ao longo de uma década, culminando no desastre da tempestade. Os procuradores destacaram que a situação caótica é resultado da negligência do governo federal e da inação dos governos estadual e municipal. Outras tribos e regiões do Amazonas e da Amazônia, como Madiha Kulina no Rio Juruá, Hupdah, Yuhupdeh e Nadëb no Rio Negro, Pirahã no Rio Madeira, e outras no alto Rio Solimões também são afetadas pela mesma situação.
De acordo com o MPF, essa é uma realidade que se espalha por outras regiões da Amazônia, não se limitando apenas ao Amazonas.
