Poucos dias após o Dia Nacional da Visibilidade Trans (29/1), o projeto “Meu Nome Sou Eu - Retificação do Registro Civil”, criado com o objetivo de garantir a retificação de pronome e gênero de pessoas travestis, não binárias, mulheres e homens transgênero, não tem avanços em Belo Horizonte. Com investimento previsto de cerca de R$ 300 mil, o edital publicado em dezembro de 2022 convocava propostas de Organização da Sociedade Civil (OSC) da capital mineira que tivessem interesse em executá-lo com a divulgação, o apoio técnico e o custeio das custas cartoriais, mas não houve manifestação de interessados até o momento.
O podcast DiversEM é uma produção quinzenal dedicada ao debate plural, aberto, com diferentes vozes e que convida o ouvinte para pensar além do convencional. Cada episódio é uma oportunidade para conhecer novos temas ou se aprofundar em assuntos relevantes, sempre com o olhar único e apurado de nossos convidados.
Criado com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de março de 2018 que atribuiu competência aos cartórios para efetivarem a retificação de nome e gênero, o projeto visava facilitar o processo para o público a partir de entidades que pudessem acolhê-los da melhor forma.
De acordo com a assessoria da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), o projeto será reavaliado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e um novo edital deve ser aberto em até 30 dias. O intervalo servirá para reavaliação e possível alteração dos termos para encontrar pessoas interessadas em conduzir o projeto, que também visa efetivar o requerimento e o pagamento da 2ª via da documentação complementar, mediante a formalização do Termo de Colaboração, regido pela Lei Federal nº. 13.019/2014 e pelo Decreto Municipal nº. 16.746/2017.
O programa também contou com emendas impositivas da Câmara Municipal de Belo Horizonte e do Decreto Municipal nº 16.533, de 30 de dezembro de 2016, que dispõe sobre "a inclusão e o uso do nome social de pessoas travestis e transexuais nos registros municipais e estabelece parâmetros para seu tratamento no âmbito da administração direta e indireta".
Na primeira versão do edital, consta que poderiam se candidatar entidades privadas e sem fins lucrativos, cujas atividades buscam atender o interesse público e saibam lidar com pessoas em situação de vulnerabilidade. Com a falta de interessados e a ausência de propostas, a PBH considerou este chamamento público como deserto, conforme publicado no Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (2/2).
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