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Estado de Minas GORDOFOBIA

Brasileira é impedida de embarcar em voo por ser 'gorda demais'

Qatar Airways exigiu que a influencer Juliana Nehme comprasse um assento extra na primeira classe para poder voltar para o Brasil


24/11/2022 11:39 - atualizado 24/11/2022 17:46

Juliana Nehme é uma mulher gorda, de cabelos castanhos escuros, longos e lisos, usa um vestido roxo com mangas curtas
A influenciadora Juliana Nehme foi impedida pela Qatar Airways de embarcar em voo de volta para o Brasil por ser "gorda de mais" (foto: Reproduçao/Instagram)


A influenciadora plus size Juliana Nehme relatou em sua conta no Instagram que foi vítima de gordofobia ao ser impedida de embarcar em um voo da companhia Qatar Airways. O voo sairia do Líbano com destino ao Brasil, passando por conexão em Doha, na terça-feira (22/11). Ela segue sem conseguir sair do país. 

“Fui extremamente humilhada na frente de todas as pessoas que estavam no aeroporto! Tudo isso porque sou gorda! Que vergonha uma empresa como a Qatar permitir esse tipo de discriminação com as pessoas! Sou gorda, mas sou igual a todo mundo! Não é justo comprar minha passagem e ser humilhada, ameaçada e impedida de voar! Preciso de uma solução urgente!", disse Juliana em seus stories.

Sonho que virou pesadelo

A viagem em família foi planejada para conhecer o país de origem da mãe de Juliana, e tudo corria bem até o momento de embarcar de volta ao Brasil. Ao chegar no aeroporto, a atendente da Qatar não disponibilizou o bilhete de embarque de Juliana, alegando que ela era muito gorda e que precisaria pagar U$ 3 mil por uma passagem na primeira classe para poder embarcar na aeronave. 

“Ela reteve as passagens da minha mãe, minha irmã, meu sobrinho e a minha! Depois de horas implorando, ela devolveu todas as malas que já tinham sido despachadas alegando que eu teria que comprar classe executiva ou não viajaria”, contou a influencer nos stories.



Juliana afirma ter pagado U$ 1 mil na passagem econômica, o que equivale a R$ 6mil, e que não tinha dinheiro para pagar a passagem extra. No Instagram, Juliana ainda relatou que, no voo de ida ao Líbano, viajou de AirFrance na classe econômica e não sofreu nenhum tipo de constrangimento ou assédio.

“Muitas pessoas sofrem isso, e não é uma brincadeira. Não é brincadeira ser gordo no Brasil ou ser gordo no mundo não é uma brincadeira, mas eu não quero que ninguém passe por isso, o que eu passei naquele lugar ontem, aquilo que eu vivi ontem não saiu da minha cabeça, foi muito horrível. Aquelas mulheres olhando para mim como se eu fosse um monstro. Gente! A gente é só gordo”, contou Juliana, abalada.

A irmã e o sobrinho embarcaram e chegaram ao Brasil, mas a mãe de Juliana ficou no Líbano para dar apoio à filha, que não fala inglês ou árabe. A influencer ainda relatou que foi ameaçada e empurrada ao tentar gravar a situação que estava passando.


Apoio da Embaixada Brasileira

Esta manhã Juliana e sua mãe conseguiram entrar em contato com o Consulado Brasileiro e com a Embaixada Brasileira, que as colocaram em uma acomodação para que não tivessem mais gastos. Entretanto, a Qatar AirWays segue irredutível na decisão de cobrar uma passagem extra da brasileira.

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