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Estado de Minas CARNAVAL NA SAPUCAÍ

Babalorixá Rodney William afirma ter sofrido racismo no camarote Nº1

Rodney foi impedido de voltar ao camarote mesmo com credencial e verificação biométrica: 'Um Carnaval tão lindo e seguimos sendo barrados'


02/05/2022 10:38 - atualizado 02/05/2022 13:28

Rodney no Desfiles das Campeãs do Rio de Janeiro
Rodney afirma ter sofrido racismo no Camarote Nº1 no Desfiles das Campeãs do Rio de Janeiro (foto: Instagram/Reprodução )


No mesmo ano que o desfile das escolas de samba do grupo especial foi marcado pela luta antirracismo e contra a intolerância religiosa, com orixás ocupando orgulhosamente as avenidas, o último dia de celebração do Carnaval no Rio de Janeiro foi manchado pelo episódio de constrangimento  ao babalorixá Rodney William, que foi impedido de retornar ao Camarote Nº 1 no sábado (30/04).  

Rodney conta que saiu do camarote da Brahma para participar dos desfiles das campeãs pela Beija-Flor, onde era homenageado, e perguntou o que precisaria para acessar novamente o espaço. Ao retornar, apresentou a credencial com QRcode e foi verificada a identificação biométrica, seguindo as informações que tinha recebido anteriormente. Entretanto, o segurança não o deixou passar por não estar usando a blusa do camarote. O babalorixá relata ainda que muitos presentes no camarote usavam a camiseta do camarote tão customizada que mal poderia ser reconhecido.

"Eu sou muito calmo nessas horas, porque sei que a gente não pode se alterar para não perder a razão. Eu liguei para o meu assessor que estava no camarote. Ter um branco como aliado é importante, porque a gente de pele preta sofre esse tipo de preconceito", contou Rodney a O Globo. Depois que o assessor chegou, o segurança acompanhou Rodney até onde se encontrava a camiseta.
 
O babalorixá usou sua conta no Instagram para desabafar sobre o momento que viveu,  afirmando que, mesmo deois de a situação ter sido resolvida, a festa tinha encerrado para ele tamanha a decepção. "Enfim, um Carnaval tão lindo e seguimos sendo barrados. Depois de chamar mais dois seguranças e eu ter que ligar para o Fábio vir me encontrar, perceberam a injustiça e queriam me acompanhar até a chapelaria para pegar a camiseta, mas o Carnaval já tinha acabado pra mim".


 
Em nota, a organização do Camarote Nº1 lamentou o ocorrido. “O Camarote N°1 se preocupa com todos os convidados e a experiência negativa de Rodney não será esquecida e servirá de aprendizado e atenção para que novos episódios de constrangimento não ocorram e haja melhorias no fluxo operacional, privilegiando um ambiente democrático e harmônico para todos.”


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podcast DiversEM é uma produção quinzenal dedicada ao debate plural, aberto, com diferentes vozes e que convida o ouvinte para pensar além do convencional. Cada episódio é uma oportunidade para conhecer novos temas ou se aprofundar em assuntos relevantes, sempre com o olhar único e apurado de nossos convidados.

 
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz 


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