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Prêmio Gastronomia Preta terá categoria voltada para o público mineiro

Categoria 'À Mineira' será a primeira com premiação de bolsas de estudo; inscrições e indicações vão até o dia 30 de abril


11/04/2023 13:39 - atualizado 11/04/2023 15:25

Premiados da primeira edição do Prêmio Gastronomia Preta
Nova categoria terá premiação em Minas Gerais (foto: Prêmio Gastronomia Preta/Divulgação)

A segunda edição do Prêmio Gastronomia Preta abriu o processo seletivo para pessoas pretas, pardas e indígenas. O evento, que busca valorizar a culinária brasileira com foco em diversidade e inclusão, terá uma categoria exclusiva que premiará três pessoas com bolsas de estudo em Belo Horizonte (MG). É possível indicar personalidades até o dia 30 de abril e o evento ocorrerá no dia 27 de novembro.

De acordo com Breno Cruz, idealizador do evento, o foco da nova categoria, “À Mineira”, é incentivar empreendedoras e empreendedores que já atuam vendendo produtos como doces, salgados e bebidas e que tenham o sonho de estudar Gastronomia. Será a primeira categoria que premiará os finalistas para além das nomeações simbólicas do Prêmio Gastronomia Preta. Confira:
  • 1° Lugar: uma bolsa de 100% no curso Tecnológo em Gastronomia em BH - Faculdade Arnaldo
  • 2° Lugar: uma bolsa de 75% no curso Tecnológo em Gastronomia em BH - Faculdade Arnaldo
  • 3° Lugar: uma bolsa de 50% no curso Tecnológo em Gastronomia em BH - Faculdade Arnaldo

A categoria “À Mineira” é nova e foi lançada após a publicação do edital.

O Prêmio

Original de Viçosa (MG), o professor doutor Breno Cruz é graduado em Administração pela UFLA (Universidade Federal de Lavras) e, atualmente, faz parte do corpo docente do curso de Gastronomia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) com a disciplina de Gestão. Em entrevista ao DiversEM, ele conta sobre sua trajetória e quando tomou a decisão de criar o Prêmio Gastronomia Preta.

“Eu comecei a me entender como homem preto há quatro ou cinco anos, mais ou menos. E também foi quando percebi a que exaltar a cultura preta é essencial para a valorização dessas pessoas”, conta ele.
 
No ano passado, o Prêmio foi limitado ao Rio de Janeiro (RJ), onde Breno reside atualmente. Por conta da demanda, resolveu expandir para o Brasil todo para exaltar o ‘pretagonismo’ em todas as regiões do país. 

De acordo com o professor, o Prêmio foi criado para evidenciar as pessoas pretas na Gastronomia sem a limitação da cozinha. Por isso, dentre as categorias que o evento destaca, estão garçom e garçonete, maitre (responsável pela organização de estabelecimentos comerciais, como restaurantes, hotéis e cruzeiros), hostess (responsável por recepcionar os clientes), entre outras ocupações.

“Eu parto do pressuposto de que Gastronomia é sobre gente. A Gastronomia é plural, mas ainda é uma área muito eurocentrada, então caiu a ficha de que eu precisava, enquanto homem preto dentro de uma universidade federal, visibilizar pessoas pretas na Gastronomia, porque você abre jornais e revistas especializadas na área e não encontra chef preto. É muito raro”, declara.

Perspectivas futuras em MG

Para além do Prêmio, Breno busca ampliar a visibilidade da Gastronomia preta pelo Brasil. Numa retomada às suas raízes, lançou a proposta para a Secretaria de Turismo de Minas Gerais de criar o Circuito Gastronomia Preta no estado.

“A gente sabe que o turismo em Minas também gira em torno da questão da Gastronomia. Então, se a gente pensar sobre a valorização da comida mineira, podemos escolher algumas cidades ou regiões do estado para exaltar a comida desses lugares”, explica.

Para ele, o valor afetivo da culinária regional também contou muito quando pensou na criação do projeto.

“[A culinária mineira] obviamente tem influência da África. O quiabo, por exemplo, é um insumo muito consumido na África e que, aqui, comemos muito com frango. Pelo menos para mim, essa é uma receita afetiva”, completa.

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