Cena O menino e o farol do festival de teatro mínimo

"O menino e o farol" está entre as cenas apresentadas no festival; edição deste ano, com alunos de artes cênicas, tem direção do Grupo Confesso

Luan Castro/DIVULGAÇÃO


Inaugurado em 2018, o Festival de Teatro Mínimo foi idealizado pelo diretor e dramaturgo mineiro Pedro Paulo Cava. Fundador do Teatro da Cidade, Cava pensou no evento como um local de troca entre artistas veteranos e iniciantes da cena teatral, com o objetivo de ocupar o espaço localizado na Rua da Bahia, com diferentes misturas de estéticas, linguagens e gerações.

Desde a primeira edição, o festival realiza ações de integração entre as gerações de artistas cênicos da capital mineira que, durante o evento, compartilham vivências, experiências e paixões.

Com direção do Grupo Confesso, a quarta edição acontece neste sábado e domingo (21 e 22/10) e será protagonizada por estudantes das artes cênicas de instituições de BH. Na programação, estão seis cenas de curta duração interpretadas por alunos de escolas técnicas, profissionalizantes e de graduação, entre elas “O menino e o farol”, com Gabriela Ribeiro e Ramon Frank.

“Achamos interessante fazer uma edição para estudantes, porque a nossa escola é um braço muito forte entre nós. Vimos que seria interessante criar uma interface entre as escolas para permitir que alunos pudessem estar aqui com a gente realizando essas trocas”, afirma o diretor artístico Guilherme Colina, que, nesta edição, optou por abrir um formulário de inscrição em vez de realizar uma curadoria dos espetáculos participantes. Na programação, estão montagens da UFMG, do Cefart e da Confesso Escola de Teatro.

ENTRE 15 E 30 MINUTOS

Com tempo de duração entre 15 e 30 minutos, as cenas curtas são performances em fase de pesquisa. Por isso, o bate-papo e a discussão com o público são fundamentais. Os atores se colocam para ouvir o retorno e as percepções dos espectadores para reelaborar a cena que, futuramente, pode vir a se tornar um espetáculo de longa duração.

Além de debater as performances, as rodas de conversa, mediadas por uma atriz ou ator veteranos, também irão discutir questões relativas ao teatro contemporâneo e os acontecimentos do cenário atual de produção. “É uma oportunidade de construir o conhecimento juntos. A partir do que é encenado, podem se desenvolver inúmeras discussões”, diz Colina. Todas as apresentações terão interpretação em libras.

O festival conta também com apresentação da palhaça Xiste, interpretada pela atriz Kaline Barboza e seu assistente Bruno Venâncio. Já nos intervalos, acontecem as performances de dança dos atores Kauan Teodoro e Diego Troianni, que farão shows de drag.

EFERVESCÊNCIA TEATRAL

Também ator, Guilherme Colina vê a cena teatral de BH com bons olhos. “Há uma efervescência cultural maravilhosa na cidade, com muitos coletivos produzindo espetáculos e programação extensa. Os finais de semana estão sendo tomados com programação cultural riquíssima.”

Entre outubro e dezembro, o Teatro da Cidade irá promover ainda três oficinas de formação no âmbito cultural: Luz e som; Nuances da luz; Produção cultural e de teatro. São mais de 100 vagas e as inscrições podem ser feitas on-line pela plataforma Sympla. 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro
 

Festival de Teatro Mínimo 

• Neste sábado (21/10) e domingo (22/10),  a partir das 19h, no Teatro da Cidade (Rua da Bahia, 1.341, Centro). Ingressos gratuitos devem ser retirados via Sympla.  
 
 

Outras peças


>>> TUBARÃO-MARTELO
O musical infantil “O Tubarão-Martelo e os habitantes do fundo do mar” será apresentado neste domingo (22/10), às 16h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244 – Lourdes). A peça narra a história de um navegador que parte para o oceano com o objetivo de achar um grande tesouro e encanta-se com a beleza e a riqueza dos animais do fundo do mar. Ingressos: R$ 50 (inteira), na bilheteria do teatro e no site Eventim.

>>> “THÁCHT” COM ARMATRUX
Com trilha sonora executada ao vivo pelos atores – e muito humor –, “Thácht”, tragicomédia dirigida por Eid Ribeiro, aborda fragmentos da vida de Rafa (Rogério Araújo) e Rufo (Cristiano Araújo), artistas de variedades que vivem de suas recordações. Os dois desenvolvem um diálogo absurdo, usando de forma única a musicalidade nas palavras e instigando o imaginário do espectador. A peça cumpre curta temporada no Teatro Marília (Av. Prof. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia). Nesta sexta e sábado (20 e 21/10), às 20h, e domingo (22/10), às 19h. Ingressos a R$ 30 (inteira), à venda na bilheteria local, duas horas antes da sessão, ou pelo Sympla.

>>> “AZUL”
O espetáculo infantojuvenil “Azul”, da Artesanal Cia. de Teatro, conta a história de amor entre irmãos, unidos pela diferença e propõe uma reflexão sobre respeito e diversidade. A temporada no Teatro 2 do CCBB BH, na Praça da Liberdade, vai até 20 de novembro – sextas e segundas às 19h, sábados e domingos, às 16h. Ingressos: R$ 30 (inteira), disponíveis no site bb.com.br/cultura ou na bilheteria local.