Grammy

As novas regras da premiação limitam a participação de IA em produções musicais

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A Academia de Gravação anunciou na sexta-feira (16/6) que somente criadores humanos poderão ser elegíveis para o Grammy, o prêmio mais prestigioso da indústria musical. A medida visa restringir o uso de inteligência artificial (IA) no setor. De acordo com o manual de regras atualizado da academia, obras produzidas exclusivamente por IA estão banidas, embora algumas músicas geradas com o auxílio de IA possam ser qualificadas em determinadas categorias. 

Para serem elegíveis, criadores de música agora devem contribuir com pelo menos 20% de um álbum, alterando a regra anterior em que qualquer envolvimento, mesmo que mínimo, poderia render uma indicação. 

Desde novembro, a utilização de IA na criação de conteúdo tem se expandido rapidamente com o lançamento do ChatGPT, um robô de conversação gratuito desenvolvido pela OpenAI e apoiado pela Microsoft Corp. Aplicativos de IA têm permitido que usuários animem fotos, criem avatares em filmes e desenvolvam músicas, ensaios e artigos, ameaçando diversos empregos humanos. 

O sindicato dos roteiristas (WGA) e o sindicato dos atores (SAG-AFTRA) estão em luta contra o uso de IA nos campos criativos de roteiros e atuação. O WGA deseja limitar a aplicação de IA na elaboração de roteiros, enquanto o SAG-AFTRA busca assegurar que seus membros tenham controle sobre suas personas digitais e recebam compensação adequada. Os roteiristas entraram em greve no início de maio e ainda não chegaram a um acordo com os estúdios sobre a questão da inteligência artificial, entre outros assuntos.