Show do Kiss no Mineirão

Com muitas famílias na plateia, o Kiss divertiu a todos no Mineirão

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press.
Quarenta anos depois de uma estreia para lá de conturbada no Mineirão, o Kiss fez sua terceira e última apresentação em Belo Horizonte. O público foi pequeno para o porte da banda e do estádio da Pampulha (14 mil pessoas), mas respondeu à altura. 

Afinal, são 50 anos da banda nova-iorquina que, em dezembro, encerra sua carreira com 250 apresentações da "End of The road tour", que tem rodado o mundo desde 2018.
 
Foi o último, e terminou como se deve. Uma chuva de papel picado ao som de "Rock and roll all nite" encerrou uma apresentação de duas horas de uma banda que veio ao mundo para divertir. 

Teve balões, muito fogo, "voo" na plateia e toda a sorte de pirotecnia que faz parte da trajetória da banda. 

Um dos grandes momentos foi o "voo"'do vocalista e guitarrista Paul Stanley, que atravessou a pista premium do Mineirão para cantar "Love gun" e "I was made for lovin'. 

Com as indefectíveis maquiagens e saltos altos, tanto no palco quanto na plateia, a banda divertiu com seu rock despretensioso. Sujo, mas dançante também. 

"Belo 'Rorizonte'", não se cansou de repetir o vocalista e guitarrista Paul Stanley, que com o baixista Gene Simmons integra o núcleo fundador da banda. 

Simmons, 73 anos, chegou a engolir fogo durante a execução de "I love it loud", fogos de artifícios saíram da guitarra de Tommy Thayer durante um solo. O baixista foi suspenso durante a execução de "God of thunder". 

Ver galeria . 19 Fotos O Kiss retorna a Belo Horizonte pela terceira e última vez nesta quinta-feira (20/4) para show no MineirãoAlexandre Guzanche / EM / D.A Press
O Kiss retorna a Belo Horizonte pela terceira e última vez nesta quinta-feira (20/4) para show no Mineirão (foto: Alexandre Guzanche / EM / D.A Press )
Com muitas famílias na plateia, o Kiss recebeu no camarim, antes da apresentação, o garoto Vitor de Paula Veloso, que passou recentemente por tratamento quimioterápico. Durante sua recuperação, o menino ouvia Kiss, sua banda favorita, sem parar. 

Na plateia, o público de camisas pretas era majoritariamente maduro. Mas havia também um clima família. Nenhuma tão empolgada quanto o quarteto formado por Danielle, Tatiana e Joaquim Teixeira e Antônio Motta. Todos maquiados, tal qual a banda.

Joaquim tem apenas oito anos. Foi com a mãe e os tios para ver o Kiss pela segunda vez na vida. Ouviu sua música favorita, "Psycho circos". 

Uma mudança e tanto se lembrarmos quando da estreia da banda, em junho de 1983, em BH. Os "Cavaleiros a serviço de Satanás", como o Kiss foi chamado por grupos religiosos, geraram protestos, censura, brigas e prisões. 

Sepultura

 
Há muito sem se apresentar em BH, o Sepultura fez o show de abertura. Durante uma hora a banda nascida em Santa Tereza tocou sucessos - "Territory", "Chaos A.D.", "Roots", "Ratamahatta" -, novas como "Isolation", e distribuiu afetos. 

Fosse na camisa do Atlético que o baixista Paulo Xisto usou, e na presença do filho do guitarrista Andreas Kisser, o multiinstrumentista Yohan.  

Veja o repertório 


Detroit rock city
Shout  it out loud
Deuce 
War machine 
Heaven's on fire 
I love it loud 
Say yeah
Cold gin
Lick it up
Makin' love
Calling Dr. Love
Psycho circus
God of thunder 
Love gun
I was made for lovin' you
Black diamond 
Beth
Do you love me 
Rock and roll all nite