Com cinco episódios, a produção dirigida por Julia Rezende é baseada em livro-reportagem da jornalista mineira Daniela Arbex e tem no elenco Thelmo Fernandes e Débora Lamm, que interpretam pais de vítima
Netflix/divulgaçãoUma sequência no último dos cinco episódios de “Todo dia a mesma noite”, que estreia nesta quarta-feira (25/1), na Netflix, justifica a realização da série sobre a tragédia da boate Kiss, que completa 10 anos nesta semana.
Desdobramentos
Dramatizar um desastre de grandes proporções – o caso Kiss é a terceira maior tragédia em casas noturnas do mundo – é um caminho perigoso. Tem que se tomar cuidado para não cair na mera especulação ou no oportunismo. De forma criteriosa, “Todo dia a mesma noite” não cai em armadilhas.Vítimas
O foco da obra está nas vítimas e nas pessoas que participaram ativamente do salvamento. O processo, as investigações, as reviravoltas do caso são deixados para a parte final, com um destaque menor.''A gente precisa construir esse caso na memória coletiva do Brasil para que o que te indignou ao ver a série não aconteça mais''
Daniela Arbex, autora do livro 'Todo dia a mesma noite - A história não contada da Boate Kiss'
Procura
O segundo episódio traz a procura dos pais pelos filhos, vivos ou mortos, nos hospitais de Santa Maria e no ginásio municipal, onde os corpos foram colocados para reconhecimento. Mesmo sem ser explícitas, há várias sequências de forte impacto. A partir deste momento, ficam mais desenhados os personagens que irão protagonizar a história.
Familiares das vítimas da tragédia da Boate Kiss no julgamento do caso, realizado em dezembro de 2021 em Porto Alegre, e adiado posteriormente
Silvio Avila/AFP“TODO DIA A MESMA NOITE”
O Corpo de Bombeiros foi chamado para conter o incêndio, que se alastrou rapidamente devido a uma série de irregularidades na boate, em Santa Maria
Germano Roratto/Ag. RBS/FolhapressDocumentário sobre a tragédia gaúcha
O então cardeal Jorge Bergoglio, que se tornaria o papa Francisco, celebra missa para familiares dos 194 mortos na discoteca República Cromañón, em Buenos Aires. A cerimônia religiosa ocorreu em 30 de dezembro de 2005
Juan Mabromata/AFP
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