Mandruvá

Mandruvá, sambista mineiro, morre aos 67 anos

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
A Velha Guarda do Samba Mineiro perdeu nesta terça-feira (10/1) um de seus expoentes: José Eustáquio da Silva, carinhosamente conhecido como Mandruvá, aos 67 anos. Cantor, compositor, sambista e percussionista, ele era um dos destaques do Carnaval de Belo Horizonte com sua voz forte e alegria contagiante.

De origem humilde, Mandruvá nasceu em Timóteo, no Vale do Aço, e, com apenas 17 dias de vida, se mudou com os pais para a capital mineira.

Aos sete anos ajudava na renda familiar em um camelô. Foi dessa forma que, aos 16, um cliente ofereceu um passeio ao Rio de Janeiro sem custo, onde ele ficou por três anos e sentiu o samba pulsar dentro do peito. 
Ele só voltou em definitivo para Belo Horizonte porque conheceu a amada, Dona Júlia, com quem ficou até sua morte. Na capital mineira, Mandruvá fundou a Velha Guarda primária do samba e mais oito grupos do gênero musical, além de vários sambas enredos para o Carnaval belo-horizontino.

Em 2020, chegou a receber o título de cidadão honorário de BH. Ele foi fundador da Associação da Velha Guarda da Faculdade do Samba, de BH, e integrante da Velha Guarda do samba mineiro.

A causa da morte não foi divulgada pela família, mas ele estava em tratamento de um efisema pulmonar. O velório e o sepultamento ainda não foram divulgados.