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Estado de Minas BATE-PAPO CULTURAL

Como era ser jovem na BH cultural dos anos 1950?

Escritor Silviano Santiago, convidado do Sempre um Papo desta quinta, reflete sobre cinema, literatura, pintura e teatro da época na capital mineira


07/07/2022 04:00 - atualizado 07/07/2022 08:19

escritor e professor Silviano Santiago
Silviano é autor de romances, livros de contos e ensaios, entre eles 'Machado' (foto: Marcelo Tabach/divulgação)

O escritor e professor Silviano Santiago, membro da Academia Mineira de Letras (AML), é o convidado do Sempre um Papo desta quinta-feira (7/7), às 19h, para falar sobre o tema "Ser jovem na Belo Horizonte dos anos 50". A conversa, pré-gravada e mediada por Afonso Borges, vai ao ar no YouTube e Facebook do projeto. No bate-papo, Silviano abordou o contexto em que estava inserida a juventude da capital mineira na segunda metade do século 20. O autor pontuou as tendências que marcaram o cinema, a literatura, a pintura e o teatro da época, revelando como BH despontou como importante polo cultural e artístico naquele período.
 
Um dos pontos destacados por Silviano foi a influência de Minas nas obras do modernismo, principalmente em relação às questões culturais indígenas, pois vieram à tona na obra de modernistas como Oswald de Andrade e Mário de Andrade, após uma viagem que eles fizeram ao estado, em 1924. É o caso, por exemplo, do “Manifesto da poesia Pau-Brasil”, publicado no mesmo ano, e do livro “Macunaíma”, de 1928. “Os modernistas voltam para São Paulo descobrindo que há necessidade de criar uma nova ancestralidade para o Brasil. A ancestralidade indígena surge de uma viagem a Minas Gerais”, afirmou.
 
O escritor ainda destaca a importância de BH no cenário artístico internacional na década 1950, ao lembrar que o dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett escolheu o Museu de Arte da Pampulha, que à época era um cassino, para encenar uma de suas peças, depois que ele já havia se aposentado. “Foi a primeira encenação de ‘Fim de jogo’, de Beckett, na América Latina”, contou Silviano, que é autor de romances, livros de contos e ensaios, entre eles, “Machado” (2016), “Stella Manhattan” (1985) e “Em liberdade” (1981). Pelo conjunto de sua obra, recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras e o José Donoso, do Chile. Além disso, por seis vezes, foi vencedor do prêmio Jabuti. Em 2021, foi eleito membro da AML. Mais informações: www.sempreumpapo.com.br.


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