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Estado de Minas FOTOGRAFIA

FIF-BH começa nesta segunda com proposta de imagens resolutivas

Em formato on-line, Festival Internacional de Fotografia terá trabalhos exibidos em muros de casas, instituições e estabelecimentos selecionados


07/12/2020 04:00 - atualizado 07/12/2020 07:10

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(foto: Pablo Nantu )
Imagens resolutivas são aquelas que apontam caminhos, soluções e saídas para problemas enfrentados coletivamente. O termo, trazido pelo líder  quilombola  Antônio Bispo dos Santos (Nego Bispo) ao Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (FIF-BH) em 2017, foi escolhido como tema da edição deste ano, que começa nesta segunda-feira (7) e vai até sábado (12), de forma virtual.


Além da exposição com artistas de diversos países, a programação traz oficinas e palestras com convidados brasileiros e  estrangeiros , além do resultado de atividades formativas realizadas desde novembro.

O FIF nasceu em 2013, com a proposta de transformar BH em polo de convergência para a discussão sobre a produção da imagem  fotográfica  no Brasil e no mundo. “O evento tem como objetivo a produção de conhecimento no campo da imagem. Apesar de ser um festival de fotografia, ele se conecta tanto com outros campos da arte quanto com outros campos do conhecimento”, afirma Guilherme Cunha, codiretor e idealizador do FIF.

Em 2020, o festival enfrenta um cenário inédito. Devido à pandemia, o evento foi adiado para o fim do ano e adaptado para o modelo on-line. O processo de seleção foi  estendido  para o período entre os meses de fevereiro e julho.
Nicolas Henry
Nicolas Henry

Guilherme Cunha afirma que, apesar das limitações, o formato virtual possibilita a expansão de públicos e convidados. “A gente consegue se contatar com pessoas que têm destaque muito grande no campo das artes visuais e da pesquisa, sem o ônus do  deslocamento ”, explica.

Por meio do Projeto FIF em Casa, 500 inscritos receberão gratuitamente fotografias impressas dos artistas que fazem parte desta edição, o que possibilita a organização de uma exposição particular. Em outra vertente, muros de casas, instituições e estabelecimentos foram selecionados para expor imagens fotográficas de fotógrafos. “A tela não dá conta de toda a  potencialidade  que a imagem carrega”, afirma Guilherme Cunha.

O mote “imagens resolutivas” atraiu o maior número de inscrições registrado pelo FIF: 1.745. Desse total, foram selecionados 38 trabalhos de 43 autores, entre fotógrafos,  artistas  visuais e videomakers do Uruguai, África do Sul, Japão, Grécia, Kuwait e Brasil, entre outros países.

Por meio de longas-metragens, videoartes e ensaios fotográficos, cada proposta aborda um tema específico inspirado no conceito trazido por Nego Bispo. Guilherme Cunha afirma que os trabalhos buscam apontar soluções criativas para os problemas  contemporâneos , sugerindo caminhos distantes da polarização e do conflito.

“Não vamos ficar vendo a cratera, vamos pensar em como podemos plantar nessa cratera”, afirma Guilherme. As imagens trazem ideias propositivas para abordar discriminação social e direitos trabalhistas, buscando construir uma sociedade mais  igualitária .

A curadoria do evento focou em artistas em sintonia com a temática. “São pessoas que também estão procurando soluções e  apontando  para caminhos a partir de seu trabalho”, afirma Guilherme.
Elena Helfrecht
Elena Helfrecht

Haverá quatro palestras, ministradas por Alfredo Jaar (Chile), Aline Motta (Brasil), Roland Bleiker (Áustrália) e Walfrido Claudino (Brasil), para discutir visões, questionamentos e  reflexões  em torno do tema imagens resolutivas. O eixo “Experiências da imagem” é dedicado às vivências de trabalho de Ana Lira (Brasil), Federico Estol (Uruguai), Lebohang Kganye (África do Sul) e Nicolas Henry (França).

Entre as atividades formativas, o FIF terá oficinas ministradas pelo cineasta mineiro Affonso Uchoa, a fotógrafa espanhola Cristina Nuñez, o artista visual colombiano Ricardo Muñoz Izquierdo e a  artista  visual pernambucana Ana Lira. As inscrições já foram encerradas.
A Maratona Fotográfica, residência artística realizada desde novembro, contou com Joaquim Paiva (Brasil), Pedro David (Brasil) e Ângela Berlinde (Portugal). A atividade resultará no desenvolvimento de 15 séries fotográficas que serão  exibidas  no site do FIF.

*Estagiário sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro

FIF-BH 2020 
De 7 a 12 de dezembro, no site www.fif.art.br

IMAGENS RESOLUTIVAS
Exposição em cartaz no Instagram (@fifibh) e Facebook (facebook.com/fifbh)

 


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