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Estado de Minas Saúde

Como recuperar olfato e paladar após a COVID-19

Otorrinolaringologista dá dicas para aqueles que sofreram com a perda do olfato e paladar após contraírem o vírus do COVID-19


10/11/2021 14:52 - atualizado 10/11/2021 15:14

Mulher cheirando a metade de uma laranja
Sequelas do COVID-19 podem ser duradouras e atrapalhar a qualidade de vida de quem foi infectado (foto: KamranAydinov/freepik)


Dentre muitas sequelas do COVID-19 estão a perda do olfato, do paladar e lesões graves e até irreversíveis nas cordas vocais. Acontece que, muitas vezes, essas sequelas podem permanecer em alguns casos mesmo após a cura. Vale ressaltar que algumas pessoas sofrem com essa consequência por longos períodos, impactando, e muito, na qualidade de vida. 

 

“De maneira geral, a hiposmia e a anosmia (que são, respectivamente, a perda parcial e a perda total do olfato) são comuns entre pessoas com infecções respiratórias. No entanto, os pacientes com coronavírus apresentam uma recuperação bem mais lenta, ao contrário do que geralmente acontece em quadros de gripes ou resfriados comuns”, explica Loyane Lisieux Bronzon Vasconcelos, otorrinolaringologista do Grupo Awor Saúde. 

 

Dentre as possibilidades de tratamento, a mais utilizada é o treinamento olfativo. Essa técnica visa enviar estímulo às células receptoras localizadas no teto do nariz (neuroepitélio olfatório). Embora o mecanismo exato do treinamento olfativo ainda não tenha sido  descrito, acredita-se que a estimulação por odores aumente a capacidade de regeneração e o potencial neuroplástico deste sistema.

 

Esse estímulo dos sentidos pode ser feito de diferentes maneiras. Uma das opções sugeridas é a manipulação de essências como Eucalipto, Cítrica, Álcool Feniletílico e Eugenol para cheirar duas vezes ao dia, por 10 segundos, e com intervalos de 15 segundos entre eles.

 

No que diz respeito ao paladar, o tratamento pode ser um pouco mais complexo. Afinal, não se sabe se a perda ocorreu devido à destruição dos nervos locais pelo novo coronavírus ou se as papilas gustativas foram atingidas por este. No entanto, o estímulo também é recomendado, provando e ingerindo alimentos que, por natureza, são mais amargos, azedos, doces e salgados.

 

De qualquer maneira, a especialista destaca que “é fundamental fazer o acompanhamento com um otorrino, já que cada paciente manifesta a condição de uma forma diferente. O tratamento deve ser feito de acordo com a necessidade e problemas enfrentados pela pessoa. Cada caso é diferente e, por isso, pode demandar alternativas", completa.

 

De acordo com pesquisas reconhecidas sobre o coronavírus, a volta dos sentidos ocorre em até seis meses, mas pode variar consideravelmente em cada situação e paciente.

 

* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira


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