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Estado de Minas SÉRIE

Round 6: 'Aviso foi dado', diz especialista sobre risco para as crianças

Cenas violentas da série da Netflix prejudicam a saúde mental de crianças e adolescentes, segundo neurocientista


08/11/2021 15:27 - atualizado 08/11/2021 19:15

Cena Round 6 com personagem com o rosto de sangue
Cenas violentas de série são prejudiciais a saúde mental de crianças e jovens (foto: Reprodução da Internet )

Round 6 é a série coreana de maior sucesso na história da Netflix. O enredo gira ao redor de pessoas endividadas que podem ser resgatadas da crise por meio de um jogo perigoso. Porém, a classificação etária não está sendo obedecida, e isso pode trazer problemas à saúde mental de crianças e adolescentes.

 

PhD em neurociência, mestre em psicanálise e biólogo, Fabiano de Abreu alerta para o risco do Round 6 para crianças: "Estruturas no cérebro se modificam e trazem danos presentes e/ou futuros".

 

Diante da repercussão da série, muito tem se comentado sobre a violência gratuita apresentada em seus episódios, daí a recomendação da classificação indicativa, ainda que esta esteja sendo ignorada.

 

Na França, cinco crianças foram hospitalizadas; o acidente foi causado por um confronto entre alunos do terceiro e do sexto ano do College George-Sand. A brincadeira teria "fugido do controle" e se transformado em uma situação violenta, que levou as crianças a passar por atendimento médico.

 

“Isso evidencia o quanto é necessária uma espécie de controle por parte dos pais, afinal, a série apresenta cenas de violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, sexo, palavras de baixo calão, e isso chama a atenção pois são crianças comentando sobre o assunto como se fosse algo normal delas assistirem”, ressalta Fabiano.

 

Ao assistir estas produções repletas de cunho violento, as crianças e adolescentes acabam ‘normalizando’ isso e tratando o assunto como algo comum. Os efeitos disso é que as crianças e jovens podem se tornar mais reativas e agressivas, alerta o neurocientista.

 

Diante deste cenário, a ação preventiva preconiza o controle de tempo e de conteúdo da tela para crianças e adolescentes. A classificação indicativa não existe à toa, pois o conteúdo apresentado pela série pode afetar a percepção e o comportamento dos mais jovens, por isso a importância dos pais e responsáveis estarem atentos aos conteúdos que seus filhos consomem.

 

Para quem ainda não conhece, a série utiliza-se de brincadeiras simples de criança como “Batatinha frita 1,2,3”, “Cabo de guerra”, “Bolas de gude” e outras, para assassinar a “sangue frio” as pessoas que não atingem o objetivo final.

 

A produção estreou na plataforma de streaming em 17 de setembro e, no dia 12 de outubro, a Netflix confirmou que ela se tornou a mais visualizada da história da plataforma, com 111 milhões de acessos.

 

*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz 

 


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