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Estado de Minas OUTUBRO ROSA

UFMG é pioneira em método de rastreamento de câncer de mama

Universidade mineira é a primeira instituição no Brasil a usar marcador 18F-FES nos exames Pet Scan para rastreio do câncer de mama


26/10/2021 15:45 - atualizado 26/10/2021 16:31

Mulher com o símbolo da luta contra o câncer de mama, reprodução da internet
Novo método de diagnóstico de câncer de mama pretende facilitar diagnóstico da doença no Brasil (foto: Pixabay/Reprodução)
A partir desta terça-feira (26/10), os pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) poderão ter acesso, de forma inédita, a um diagnóstico por imagem mais aprimorada de câncer de mama. 

A universidade mineira se tornou a primeira instituição brasileira a usar o marcador 18F-FES nos exames Pet Scan (PET CT) para rastreio da doença. O feito é da Faculdade de Medicina da UFMG, através do Centro de Tecnologia e Medicina Molecular (CTMM). 

O objetivo é proporcionar uma melhora no diagnóstico da doença, assim como avaliar o uso do novo marcador. Os resultados serão somados às pesquisas internacionais sobre o tema. 

O que é são exames Pet Scan e o marcador 18F-FES? 


O PET Scan é um exame de imagem similar à tomografia computadorizada. A diferença é que ele possui uma maior capacidade de identificar, ainda no início, as alterações celulares que podem sugerir, ou não, a existência de um câncer. 

Até o momento, o exame era realizado com o marcador 18F-FDG. O marcador é capaz de identificar os locais de lesão do câncer de mama, contribuir no estadiamento das pacientes, tanto no estabelecimento de metástase, quanto no acompanhamento das respostas do tratamento. 

Já o marcador 18F-FES pode ser considerado uma versão mais avançada e moderna do modelo, que é específico para o rastreio de câncer de mama.

“O FDG capta muito pouco em alguns tipos de câncer de mama, por exemplo, quando o crescimento é mais lento. As células tumorais que gastam muita energia captam muita glicose e o FDG consegue identificar esse metabolismo acelerado, mas o 18F-FES consegue detectar mesmo os tumores pequenos e com metabolismo baixo”, explica o professor Marco Romano Silva, chefe do Departamento de Saúde Mental da Faculdade e coordenador do CTMM. 

Ele compartilha que o trabalho de seu departamento, assim como das universidades, é trazer benefícios para a população. “Nosso trabalho é introduzir maneiras novas de fazer diagnóstico, de fazer pesquisa para demonstrar o que realmente faz diferença no diagnóstico”, ressalta. 

Pesquisa associada ao uso clínico 


Em um primeiro momento, quem terá a prioridade do acesso ao exame são os pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da UFMG. Segundo o professor,  a prioridade de atendimento do CTMM é o SUS, o que justifica a escolha pelo hospital. 

Para participar o paciente precisa  de um encaminhamento e pedido médico do Setor de Mastologia do HC, além de preencher alguns critérios que serão informados pela equipe de saúde que acompanha o paciente e pela equipe da pesquisa.

Quanto a parcerias, o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)  é parceiro do CTMM nesta pesquisa. O primeiro produz o radiofármaco, já o outro realiza a aplicação em pacientes com câncer de mama com indicação médica para seu uso.

“Quanto mais replicação de estudos existirem, melhor será para validar esse método do ponto de vista, também, da pesquisa internacional”, fala. 

De acordo com o professor, caso seja constatado que o uso do 18F-FES tem benefícios superiores ao marcador tradicional na população brasileira, ele pode ser incorporado no SUS. Isso poderia gerar economia ao sistema de saúde com diagnósticos mais precisos e economia no acompanhamento do tratamento, já que possibilitaria verificar se está ocorrendo o resultado ou não e modificar a estratégia terapêutica, caso necessário. 

“Sermos os primeiros a oferecer o exame PET CT com marcador 18F-FES é muito emblemático na nossa missão, de sempre procurar o melhor para o sistema público de saúde”, conclui. 


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