
Tomei a vacina, e agora?
Segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), nas últimas semanas foram registrados números significativos de exames de
mamografia
que registravam a presença de linfonodos nas pacientes. Também conhecidos como gânglios ou ínguas, eles podem sugerir doenças que deveriam ser investigadas, como o
câncer de mama
.
Os dados são um reflexo de um sintomas de reação à
vacina
da
COVID-19
. Para evitar falsas interpretações, especialistas recomendam que o
exame
seja agendado de duas a quatro semanas após tomar a segunda dose do
imunizante
.
“O ideal é que a mulher agende a mamografia após duas a quatro semanas da segunda dose [da vacina], isso se ela estiver, obviamente, com os exames de rastreamento em dia e puder postergar o prazo de avaliação”, reitera o mastologista Henrique Lima Couto, coordenador do IMMA.

Depois desse período, de duas a quatro semanas, os linfonodos voltam ao normal, na grande maioria das vezes. Se isso não acontecer, é recomendada uma investigação por biópsia.
No caso das mulheres que precisam, obrigatoriamente, fazer o exame, porque já estão investigando algum nódulo ou caroço suspeito na mama, a recomendação de Couto é informar ao médico que tomaram
vacina
há menos de 30 dias.
Diagnóstico precoce que salva vidas
O
diagnóstico
precoce do
câncer de mama
ainda é um dos maiores aliados na cura da doença. De acordo com o Instituto Fernandes Figueira (IFF), de saúde da mulher, quando descoberta no início, a doença tem 95% de chance de
cura
.
Por isso,
mamografias
periódicas a partir dos 40 anos, exames clínicos e auto-exames são importantes. “Estamos falando de um tumor que pode ser agressivo, representa quase 21% de todas as neoplasias que acometem o sexo feminino, segundo o INCA, porém, se detectado precocemente, tem mais de 90% de chances de cura”, conclui o mastologista.
