Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID-19: procura por atendimento domiciliar cresce 15% no país

A sobrecarga do sistema de saúde em função da pandemia da COVID-19 colaborou para o crescimento do atendimento domiciliar. Essa nova forma de atenção à saúde cresceu 15% no ano passado, de acordo com o censo divulgado pelo Núcleo Nacional de Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead) 2019/2020. 





 

 


A expectativa é de que o número aumente ainda mais em 2021. Desde o começo de 2020, o serviço teve alta de 35% no número de pacientes atendidos. O estudo aponta também que o setor teve um crescimento de 22,8% no país – o número de estabelecimentos saltou de 676, em junho de 2018, para 830 em dezembro de 2019.

Depois da alta dos hospitais gerais, muitos pacientes não conseguiram passar pela reabilitação nos hospitais de transição. Assim, eles precisaram continuar o tratamento coronavírus e de outras doenças crônicas estáveis com a equipe médica e interdisciplinar em casa.

O tratamento domiciliar ajuda a desafogar o sistema de saúde, que sofre com a falta de leitos. Este crescimento – que já vinha acontecendo antes da pandemia – foi acelerado com a explosão de casos da COVID-19.





Atenção domiciliar e hospitais de transição


A Rede Paulo de Tarso tem um serviço de Atenção Domiciliar que busca garantir uma transição segura do paciente para o domicílio, envolvendo a família e o cuidador. 

Por mês, cada paciente pode realizar, em média, 15 atendimentos feitos por uma equipe interdisciplinar dependendo do seu quadro e avaliação prévia. São médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e, quando necessário, farmacêuticos clínicos.

“Nosso papel é promover a continuidade do serviço oferecido durante a hospitalização e fazer um plano de cuidados, para que todos sejam readaptados e reinseridos no seu ambiente, reduzindo as readmissões hospitalares e permitindo uma experiência diferenciada”, explica Lilian Kelly Lima Farias, Gerente de Rede da instituição.





Outra opção de tratamento são os hospitais de transição – instituições destinadas aos pacientes dependentes de cuidados médicos complexos, mas que não precisam estar em um hospital geral. 

O Hospital de Transição Paulo de Tarso é o único em Minas Gerais nessa modalidade. O trabalho desenvolvido pelos profissionais prepara o paciente e a família, durante todo estágio de tratamento, para seguirem de forma independente e segura após a alta hospitalar. 

A instituição possui 68 leitos SUS, 55 leitos de Saúde Suplementar e estrutura horizontalizada com Centro de Reabilitação Avançada (único hospital privado com Centro de Reabilitação próprio).




 
Os atendimentos podem ser feitos pelos telefones (31) 3448-5307 e (31) 3448-5377. A equipe responsável acolhe a demanda e promove os encaminhamentos de acordo com a necessidade dos clientes.
 
Existe também um atendimento on-line (WhatsApp) no número (31) 98920-8059 e na página da Rede Paulo de Tarso
 

Teleconsulta continua em alta

 
O número de teleconsultas médicas realizadas em abril de 2021 aumentou 14,4% quando comparado ao mês anterior, segundo levantamento da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). Foram ouvidas operadoras de planos de saúde associadas que, juntas, atendem 9 milhões de beneficiários em todo o Brasil. Em março foram mais de 315 mil teleconsultas, e no último mês de abril foram feitos 361 mil atendimentos do tipo.
 
O crescimento exponencial do uso dessa tecnologia coincide com o agravamento da pandemia e com o aumento no número de casos de COVID-19. 
 
Desde a regulamentação em caráter excepcional e temporário, a telemedicina se tornou uma importante ferramenta de acesso e manutenção do bem-estar das pessoas, evitando o deslocamento e a exposição a ambientes que trazem risco maior à saúde.




 
No total, desde abril de 2020, as operadoras já fizeram 2,8 milhões de teleconsultas. A expectativa agora é pela regulação definitiva da Telessaúde pós-pandemia.
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 
 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.





  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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