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Estado de Minas SAÚDE

Anvisa aprova vacina de dose única contra meningite meningocócica

Imunizante poderá ser aplicado em crianças a partir de 12 meses e tem ação contra quatro sorogrupos de meningite meningocócica. Confira


04/02/2021 13:27 - atualizado 05/02/2021 10:05

(foto: Pixabay)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última segunda-feira (1), a vacina denominada como MenQuadfi para a imunização de crianças a partir dos 12 meses de idade contra quatro sorogrupos de meningite meningocócica: A, C, W e Y. Disponível em uma apresentação líquida, o imunizante conjugado quadrivalente é aplicado em dose única

Desenvolvida e produzida pela Sanofi Pasteur, a vacina foi aprovada após a avaliação dos resultados do programa clínico global que testou o imunizante – sete estudos pivotais de fase 2 e três randomizados e ativamente controlados. A segurança e eficácia foi testada em mais de 6.300 crianças com um ano ou mais, que receberam uma dose única.   

Nos estudos, o imunizante também foi comparado com outras vacinas combinadas. A partir disso, demonstrou alta resposta imune contra quatro sorogrupos da meningite meningocócica (A, C, W e Y).
 
“Estamos falando de uma vacina conjugada quadrivalente. Ou seja, ela protege contra quatro diferentes sorogrupos que causam uma doença grave e, muitas vezes, letal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), entre 1.500 e 3 mil brasileiros são acometidos pela doença anualmente e sua letalidade variou entre 20% e 23% entre 2010 e 2018. Essa vacina gera uma resposta imunológica alta, protegendo o indivíduo contra esta doença", é o que diz a diretora médica da Sanofi Pasteur, no Brasil, Sheila Homsani.

No Brasil, os sorogrupos de meningococo C, W e Y, juntos, representam mais de 80% do total de sorogrupos classificados nos últimos anos, segundo o Ministério da Saúde. Com uma das maiores taxas de letalidade entre os meningococos, a cepa W, por exemplo, chega a ser identificada, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, em frequências que variam entre 18% e 25% em estados como Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, e atingindo letalidade superior a 40% em 2018 e 2019.      

Com a aprovação da MenQuadfi no país, crianças a partir de 1 ano, adolescentes, adultos e idosos poderão receber a imunização primária e de reforço no país, podendo o imunizante ser coadministrado com várias vacinas pediátricas de rotina. 

O QUE É MENINGITE MENINGOCÓCICA? 


A doença meningocócica tem como sua forma clínica mais clássica a meningite. Ela é caracterizada pela inflamação da membrana que recobre o cérebro e a medula espinhal, a meninge, sendo causada pela bactéria Neisseria meningiditis (meningococo). Sua principal causa é o contato com vírus e, os mais severos, as bactérias. Porém, outros agentes infecciosos também podem provocar a doença. 
 
Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur, no Brasil
Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur, no Brasil (foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)
 

“A meningite tem um alto poder de contágio, já que algumas pessoas podem ser portadoras assintomáticas da bactéria e transmitirem a doença sem estarem doentes. É possível hospedar a bactéria sem adoecer e, ainda assim, transmitir a doença. Essas pessoas são chamadas de ‘portadoras’. Os adolescentes e adultos jovens estão entre os principais portadores do meningococo, sendo que os adolescentes são os que mais transmitem a doença”, afirma Sheila Homsani. 

Justamente por isso, a diretora médica destaca que a melhor forma de prevenção da doença é a vacinação, que protege não apenas o imunizado, mas quem está ao seu redor. É o que pensa, também, o Ministério da Saúde, que afirma ser a imunização a melhor forma de prevenir a meningite meningocócica desde a infância até a fase adulta.        

Considerada uma doença endêmica grave no Brasil, a enfermidade pode ser assintomática e provocar sintomas graves, com rápida evolução, muitas vezes, fatal entre 5% e 15% dos casos, deixando sequelas irreversíveis em até 20% dos pacientes. É o que aponta um estudo feito pela Global Meningococcal Initiative (GMI).  

*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram 


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