Conheci Mary Arantes, denominada Mary Design, no início da década de 1990 quando cobria moda aqui no Caderno Feminino. Mulher criativa, dona de uma capacidade ímpar de transformar em bijuterias e acessórios todo tipo de matéria. Desde então criou-se entre nós uma linda amizade, cheia de cumplicidade, a ponto de meu marido já ter ido de mala e cuia para a casa dela e do Júnior só porque viajei sem ele. Diz que assim fica mais perto da boa prosa regada a cerveja, e tudo mais que a acompanhe, e sente menos minha falta.
Desde sempre Mary é parceira em minhas empreitadas para arrecadar renda para manter as obras sociais com as quais me envolvo, seja doando peças para bazares ou pedindo a toda sua agenda de empresários de moda para colaborar. Tirei a sorte grande, em todos os aspectos, com certeza. Com isso conheci empresárias às quais passei a admirar principalmente pelos seus corações como Patrícia Castro, da Patogê, e Claudinha Lima, da Rogério Lima.
Eu e Mary ficamos sem nos encontrar fisicamente desde o início da pandemia e sempre que eu a perguntava o que estava fazendo ela respondia que, além de se dedicar ao jardim de sua casa e à cozinha na qual ama fazer experiências, estava fazendo bijus. Agora imagine o que vem por aí. “Artista confinada dentro de casa com todo o tempo do mundo extravasa sua criatividade no artesanato”, daria um título bem sugestivo.
Mary estará promovendo duas quermesses nas próximas semanas. Além de suas criações, ela convidou onze pequenos produtores, que não têm loja própria e muitas vezes encontram dificuldade em vender online, para dividirem o espaço do showroom na Serra. A primeira versão será de 4 a 6 de dezembro e a segunda de 18 a 20, bem na véspera do Natal.
Sem descuidar um minuto das precauções que devem nortear este tipo de evento, Mary faz questão de cercar sua Quermesse de todos os cuidados necessários para preservar a segurança e a saúde de todos que por lá passarem. Eu estarei na primeira edição com a curadoria de dois espaços, o da Ubuntu Nation, marca da Fraternidade Sem Fronteiras responsável por montar oficinas de costura para pessoas em situação de vulnerabilidade, e o do di.vi.no Brechó Beneficente, que mantém as obras sociais da Fundamigo, que atende à população de rua e comunidades carentes.
No próximo final de semana poderão ser vistos também o Ateliê Barro com Alma, as roupas para casa da Estúdio Veste, Fernanda Fernandes e suas aquarelas, os acessórios de Fernanda Torquett e da Marcadouro, as echarpes de Júlia Bianchi, as roupas da Miêtta, os corações assinados por Renan Florindo além de Wanda Sgarbi e seus peixes impressos e confeccionados em 3D. Para saber mais @quermessedamary