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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Produção mineira de café, cana-de-açúcar, aves e suínos desponta em 2022

Primeiro estudo da Conab sobre a safra cafeeira e expectativas para este ano de desempenho de itens agrícolas esperam recordes no estado


21/01/2022 04:00 - atualizado 21/01/2022 07:43

 Plantação de café no Norte de Minas Gerais
Com ciclo favorável de produtividade em 2022, oferta de café deve alcançar 26,997 milhões de sacas em Minas (foto: Montesanto Tavares/Divulgação - 22/7/20)
O papel de salvador da pátria foi assumido pelo agronegócio em diversos momentos de crise econômica, e, neste ano, essa performance excepcional poderá se repetir em Minas Gerais e no Brasil. Num 2022 de incertezas turbinadas pelas eleições de outubro e o avanço da COVID-19, grandes produtos da agropecuária dão a mudança de tom. Surgem não só com perspectivas favoráveis, como também exibem sinais bem-vindos neste começo de ano marcado por drásticas efeitos das tempestades e do ritmo acelerado de contaminações pela cepa ômicron.
 
As primeiras avaliações sobre as safras de café e cana-de-açúcar e as perspectivas de bom desempenho da produção de aves e suínos no estado tocam em recordes. Só não se sabe como ficarão os preços para o consumidor. Com o empurrão da bienalidade positiva do café neste ano, Minas deverá colher 26,997 milhões de sacas, aumento de 21,99% frente à temporada de 2021, segundo o levantamento de safra que inaugura os estudos de acompanhamento das lavouras feitos pela Conab. A despeito do acréscimo frente a 2021, deve haver redução de 22% na comparação com 2020, safra mais recente de ciclo favorável dos cafezais.
 
As plantações foram prejudicadas pelas condições climáticas adversas que reduziram o potencial da produtividade da cultura. Segundo a Conab, boa parte das lavouras em fase de floração e formação de frutos se ressente dos problemas decorrentes da escassez hídrica no ano passado. Eles mesclaram chuvas insuficientes, temperaturas médias elevadas e incidência de geadas em algumas regiões produtoras.
 
Ainda assim, Minas tende a concentrar 70% da área ocupada no país com o café arábica. Estão estimados 1,3 milhão de hectares no estado, dos quais 990 mil de lavouras em produção. O comportamento do clima, com manutenção da chuva nos próximos meses, será decisivo para os cafeicultores, como observa a Faemg em seu relatório de expectativas do setor para 2022.
 
Da cana-de-açúcar se espera recuperação, tendo em vista que 2021 regeu produção menor, estimada em 8,1% abaixo daquela de 2020, devido a estiagem severas e a queimadas. Se confirmada uma mistura mais alcooleira nas usinas de Minas, os números deste ano podem superar 2,7 bilhões de litros de etanol e 4,1 milhões de toneladas de açúcar, renovando-se o bom desempenho nas exportações.
 
A indústria canavieira, nos cálculos da Unica, associação que representa o setor, já vem considerando aumento de 8,5% na produtividade agrícola do Centro-Sul do Brasil. As expectativas são animadoras, embora dependam das chuvas até o fim de janeiro e em fevereiro.
 
Com 5,2 milhões de cabeças, os suinocultores de Minas produziram e exportaram mais em 2021, até novembro, de acordo com os dados mais recentes do IBGE, neste último caso estimulados pela demanda ávida da China. Minas se mantém na quarta posição do ranking nacional, com abate de 13,70 milhões de cabeças de julho a setembro do ano passado, que representou acréscimo de 7,6%. Dificuldade enfrentada nas granjas foi a queda do preço, de 21% ante o mesmo período do ano anterior no quilo do animal vivo.
 
No balanço de 11 meses de 2021, a produção mineira de carne de frango chegou a 1,110 milhão de cabeças abatidas, marcando 3,5% a mais em relação a idêntico período do ano anterior. Melhor ainda foi a performance das exportações do estado, que cresceram 30% em volume e 36,9% em receita. O ano foi desafiador, como para outros setores, frente à elevação dos custos de alimentação dos animais e das adaptações necessárias devido às medidas de combate à COVID-19.
 
Para os produtores de aves e suínos, a boa notícia em 2022 será ver realizada a projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) de expansão da produção, das vendas ao exterior e do consumo. Será um segundo ano de recordes para o setor, na avaliação da ABPA. O volume total de carne de frango está estimado, no país, em 14,9 milhões de toneladas e a produção de carne suína tem como cálculo de oferta de 4,850 milhões de toneladas. Ainda é muito cedo para desenhar cenários relativos ao movimento dos preços para o consumidor. A julgar pelo ano passado e as expectativas das exportações em 2022, os sinais são de que eles podem continuar altos e sofrer reajustes difíceis de absorver num orçamento já comprimido.

Rei do queijo

Minas Gerais responde por cerca de 40% da produção brasileira de 1,2 milhão de toneladas de queijo por ano. São 30 mil produtores no estado, responsáveis pela oferta de 85 mil toneladas de queijos artesanais ao ano. O Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg) estima a atuação de 216 mil fazendas produtoras de leite e 1 milhão de empregos gerados em toda a cadeia produtiva do setor. Dono da maior bacia leiteira no país, o estado produz 9,7 bilhões de litros por ano.

Domínio

1,809 milhão é a estimativa da extensão, neste ano, em hectares da área cultivada com café arábica no Brasil

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