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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Apicultura de Minas prevê 2021 de expansão e novas floradas

Produtores trabalham com a perspectiva de aumentar a oferta no Brasil e no exterior e qualificar os apiários com selo estadual


15/01/2021 04:00 - atualizado 15/01/2021 07:28

Norte de Minas é uma das áreas em que a produção de mel tem crescido e surgem estudos sobre o mel do pequizeiro(foto: Projeto Meu Rio/Divulgação - 9/9/20)
Norte de Minas é uma das áreas em que a produção de mel tem crescido e surgem estudos sobre o mel do pequizeiro (foto: Projeto Meu Rio/Divulgação - 9/9/20)
Surge do campo, da admirável flora nativa de Minas Gerais, sinal de que alguns setores da economia mantêm capacidade de superar as dificuldades impostas pela COVID-19. Este ano pode ser especialmente importante para a apicultura do estado, que busca a expansão com as armas da qualidade e de novas floradas. Não há motivo que explique o fato de a atividade não receber o tratamento dado a segmentos reconhecidos, como o café e o leite. Afinal, mostra sua força e a tendência de ocupar lugar tão destacado quanto o dos produtos típicos no consumo nacional e na pauta das exportações estaduais.

Além da demanda que sustenta as boas perspectivas vistas por apicultores e profissionais da área, há estudos importantes em curso, como as pesquisas da florada do pequizeiro no Norte de Minas, e um programa estruturado de assistência para certificar a produção de mel do estado. Criado no ano passado, o braço para a apicultura do chamado Certifica Minas (Programa de Certificação de Produtos Agropecuários e Agroindustriais) foi prejudicado diante das necessárias medidas de isolamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Como diz o ditado apreciado entre os mineiros, é como se os produtores tivessem a faca e o queijo nas mãos para crescer em 2021. No ano passado, faltou produção devido às adversidades do clima, e as exportações caíram. Agora, o momento é de fortalecer a cadeia produtiva para agarrar as possibilidades no Brasil e no mercado internacional.

Junto à legalização da atividade, torna-se essencial para o aumento da produção que o apicultor se qualifique e seja capaz de fazer isso adotando melhoramento genético das rainhas e manejo correto, entre outras iniciativas previstas no programa de capacitação, segundo Márcia Portugal, coordenadora estadual de pequenos animais da Emater-MG. A expectativa é de que os programas de capacitação presencial sejam retomados para viabilizar as certificações. As auditagens nas propriedades serão feitas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

“Há possibilidades e 2021 será um ano importante, mas a produção tem de crescer”, diz Márcia Portugal. A apicultura vem ganhando fôlego em praticamente todas as regiões do estado, com avanços notáveis no Norte de Minas e na porção central do estado.

Análise feita pela Fundação Ezequiel Dias sobre as propriedades da florada da aroeira deu novo gás à produção de mel na região de Januária, Janaúba e Montes Claros, no Norte mineiro, e Capelinha, no Jequitinhonha. Segundo a Emater-MG, produtores de 22 municípios foram capacitados e passaram a abastecer entrepostos de São Paulo e Santa Catarina, com a valorização do mel de aroeira.

O número de pessoas que trabalham nos apiários do Norte do estado subiu de 312 em 2001 para 1.900 em 2019. Nova etapa de expansão pode estar também começando com os estudos que estão feitos em Janaúba da florada do pequizeiro, o chamado ouro do sertão, que gera emprego e renda na região.

“Cerca de 80% do mel de Minas é obtido de floradas nativas e isso abre mercados de consumo”, lembra Márcia Portugal. A Emater-MG presta assistência a cerca de 7 mil apicultores em Minas e estima que a atividade empregue ao redor de 42 mil pessoas, de formas direta e indireta.

A produção mineira de 2019 foi estimada em 7 mil toneladas de mel e 240 toneladas de própolis verde. O estado tem gravitado entre a quinta e a sexta posição no ranking nacional de fabricação de mel, e lidera a oferta da própolis. Entre os maiores municípios de Minas onde a atividade se desenvolve estão Itamarandiba, Bocaiúva e Alvinópolis.

Nas exportações, lideram Timóteo e Ipatinga, no Vale do Aço, e Confins, na Grande BH, segundo levantamento recente dos dados de 2019 feito pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As vendas ao exterior somaram US$ 4,57 milhões, faturados em 15 destinos, puxados por Alemanha, Bélgica, Coreia do Sul e Japão. Outro grande mérito, que não pode ser esquecido, é a participação majoritária da agricultura familiar na apicultura de Minas.

Inflação

As expectativas para o mercado do feijão concentram as atenções, diante da disparada dos preços dos alimentos desde o ano passado. Análise da Conab para o começo de janeiro (dias 4 a 8) destaca que existe uma esperança na expansão da oferta, dependendo de como a colheita da 1ª safra 2020/21 se comportar. Uma vez confirmada a perspectiva, deve haver queda moderada dos preços. Em Minas, a colheita apenas começou.

No carro-chefe


6,2% foi a participação de Minas na produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas na safra 2020, estimada em 254,1 milhões de toneladas no Brasil pelo IBGE.

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