(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Noel prepara a viagem aos supermercados com as novidades em que a indústria investe

A recuperação do consumo, enfim, se revelou nos relatórios de empresas, a exemplo da Pif Paf, Café Jequitinhonha e Copra Alimentos. Resta saber se a tendência se firmou


postado em 18/10/2019 06:00 / atualizado em 18/10/2019 08:07

Maior indústria frigorífica de Minas, a PIF PAF investiu R$ 40 milhões em tecnologia que permite o congelamento individual de 11 cortes de frango selecionado(foto: Washington Alves/Light Press %u2013 12/2/08)
Maior indústria frigorífica de Minas, a PIF PAF investiu R$ 40 milhões em tecnologia que permite o congelamento individual de 11 cortes de frango selecionado (foto: Washington Alves/Light Press %u2013 12/2/08)

Debaixo da névoa que paira sobre os rumos da economia brasileira, o Papai Noel prepara um trenó de novidades que a indústria de alimentos apresentou nos últimos dias às redes de supermercados de Minas Gerais. A cesta inclui desde óleo de coco extravirgem com bico dosador – e que pode ser usado também para hidratação dos lábios e como demaquilante –, passando por inovadores cortes de frango congelados individualmente, a suco enriquecido com colágeno, água de coco com manga ou maracujá, entre muitos outros investimentos feitos no desenvolvimento de produtos.

 

Que venham os consumidores, principalmente aqueles que, para algumas indústrias, explicam como elas estão caminhando na contramão da crise e assim vão continuar, é claro, se o governo e as crises políticas deixarem. A recuperação do consumo, enfim, se revelou nos relatórios de empresas, a exemplo da Pif Paf, maior indústria frigorífica do estado, a torrefadora, agora também distribuidora, Café Jequitinhonha, e a alagoana Copra Alimentos, empenhada em explorar o mercado mineiro. Resta saber se a reação firmou tendência.

 

A nova produção da Pif Paf de 11 cortes de frango, selecionados nas versões in natura e temperado , congelados individualmente, e da linguiça mineira mais apimentada desembarcam nas lojas em novembro. O gerente-geral de Relações Institucionais da companhia, Cláudio Almeida Faria, espera um Natal bem melhor do que o do ano passado. De fato, o setor enfrentou dois anos difíceis, 2017 e 2018, diante do abalo de imagem provocado pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, seguida do fechamento de mercados de consumo no exterior e excesso de oferta no Brasil.

 

Houve, ainda, prejuízos com a perda de mercadorias em decorrência da greve dos caminhoneiros no ano passado. “Sentimos reflexos seis meses depois da paralisação e terminamos o ano como que chorando uns nos ombros dos outros. Agora, esperamos crescer mais de 25%”, diz Cláudio Faria. A Pif Paf não só investiu nas fábricas, neste ano, como abriu 120 postos de trabalho.

 

A empresa aplicou R$ 40 milhões partilhados entre a unidade mineira de Visconde do Rio Branco e a de Palmeiras de Goiás para adotar a chamada tecnologia IQS, do inglês Individual Quick Frozen, processo que permite o congelamento da carne, peça por peça, e o descongelamento da quantidade desejada pelo consumidor.

Além da recuperação do consumo, Faria diz que a melhora dos preços clareou o horizonte e a aposta surge firme em expansão de receita – estimada em R$ 2,4 bilhões no ano – e crescimento por meio de aquisições buscadas pela companhia.

 

Luiz Carlos Moreira Barbosa, diretor e fundador da torrefadora Café Jequitinhonha, também não tem do que reclamar. A empresa passa por uma segunda fase de crescimento, com investimentos que vão alcançar R$ 7 milhões em Capelinha, onde uma nova fábrica, mais ampla e moderna, oferecerá capacidade para torrefação de 250 toneladas de café por mês, o dobro da atual. “É um projeto para médio e longo prazo. A tendência é de abrirmos novos mercados. Já começamos a trabalhar no Triângulo Mineiro e no Centro-Oeste do país”, afirma.

 

O carro-forte é a marca regional Jequitinhonha, trabalhada junto a uma política de diversificação de produtos, há dois anos. Vieram refresco, cappuccino e leite integral e, neste ano, a empresa ingressou no segmento de conservas, com o lançamento de uma linha de azeitonas para aperitivos e receitas. Desenvolveu, ainda, um composto lácteo. A intenção é lançar dois produtos a cada semestre.

 

Com surpreendente crescimento de dois dígitos por ano, de acordo com Cristiano Silva, gerente de Marketing, a Copra Alimentos veio carregada de lançamentos para a 33ª edição da Superminas Food Show 2019, realizada, nesta semana, em Belo Horizonte, pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). “O mercado vegano vem crescendo na contramão da crise econômica“, diz Silva.

 

Especializada em produtos feitos do coco, a empresa alagoana já explora o mercado de Minas e quer crescer, aproveitando-se da onda do consumo com saúde e da disposição de gastar da classe A/B. Chegaram às lojas leite de coco saborizado de chocolate e ameixa, pronto para beber, novas versões de óleo de coco com dosador e de chips de coco. A disputa no varejo está lançada; falta a celebridade no caixa.

 

 Mineiríssimo

11%

Foi a participação da marca Guarapan no valor de mercado dos guaranás em Belo Horizonte, de janeiro a agosto último, segundo o instituto de pesquisas Nielsen

 

INJUSTIÇA

As mulheres negras somam a metade das donas de negócios no país, como mostra relatório especial produzido pelo Sebrae. São, ao todo, 9,6 milhões de empreendedoras do sexo feminino que estão à frente de um negócio, formal ou na informalidade, como empregadoras ou trabalhando por conta própria. Do ponto de vista do grupo total de empreendedores, as mulheres negras são 17% e ganham menos do que todos os outros grupos, R$ 1.384 por mês.

 

INTRUSA BEM-VINDA

As cervejas prometem dar aos supermercados mineiros, neste Natal, ganho de vendas 8% superior ao do ano passado, segundo pesquisa feita pela Amis. A bebida ficou na segunda posição entre os produtos mais consumidos no período das festas de fim de ano, atrás apenas do empate entre os panetones e as carnes diversas (incluídos lombo e pernil). Nesses segmentos, é esperado aumento de 10%. A cerveja ultrapassou até mesmo os vinhos. 

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)