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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Falta de engenheiros pode afetar o país

Os números indicam que o enriquecimento de uma nação está associado a uma boa engenharia e uma boa ciência


postado em 22/08/2019 04:00 / atualizado em 22/08/2019 07:35

Qualificação profissional em áreas científico-tecnológicas é necessária para garantir crescimento econômico(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A. Press)
Qualificação profissional em áreas científico-tecnológicas é necessária para garantir crescimento econômico (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A. Press)
Com o desemprego e o subemprego atingindo cerca de 25 milhões de brasileiros, a urgência primeira é encontrar ocupação para parte dessa população, grande parte dela empurrada para a pobreza. Ao mesmo tempo que é preciso encontrar trabalho para tanta gente, há outros tantos que estão deixando de ser qualificados e vão fazer falta num futuro próximo, principalmente nas áreas de base tecnológica. Dados do Conselho Federal de Engenharia mostram que o número de registros profissionais de engenheiros caiu quase 9% de 2015 até hoje.
 
Com a internet das coisas, a inteligência artificial e a robotização de processos produtivos ganhando espaço nas fábricas de um lado e de outro o país mergulhado em uma quase estagnação, a oferta de mão de obra devidamente qualificada para as novas tecnologias está aquém da demanda desses profissionais. E aqui falta planejamento, não para limitar ou direcionar a abertura de cursos, mas para definir que tipo de técnicos de nível médio e superior o Brasil precisa formar para manter e ampliar a competitividade diante de outros países.
 
Há 12 milhões de trabalhadores sem ocupação formal e há queda na formação de engenheiros, o que indica que muitos desses desempregados permanecerão nesta condição, seja pelo baixo crescimento da economia, seja pela falta de qualificação. A qualificação dessa mão de obra para atender às exigências do mercado do trabalho no futuro próximo é importante para garantir o crescimento econômico do país. Estudos da OCDE mostram que países desenvolvidos têm mais engenheiros. Enquanto no Brasil há seis engenheiros para cada 100 mil habitantes, no Japão e nos Estados Unidos são 25 a cada 100 mil.
 
Além disso, nos países desenvolvidos há um percentual maior de alunos que cursam universidade matriculados em cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática, segundo dados da OCDE. Na comparação entre 35 países, a entidade mostra que nos países ricos 24% dos alunos matriculados em cursos de graduação frequentam aulas nessas áreas, enquanto no Brasil apenas 17% estão em cursos associados à área científica-tecnológica. Os números indicam que o enriquecimento de um país está associado a uma boa engenharia e uma boa ciência. Elas são essenciais para o desenvolvimento de produtos competitivos e soluções inovadoras. Falta de profissionais qualificados pode ser um freio para o crescimento econômico do país nos próximos anos.
 
O Mapa do Trabalho Industrial do Senai, atualizado recentemente, prevê a necessidade de se qualificar 34.513 profissionais de nível superior para a indústria nos próximos anos. O Brasil pode vir a conviver com o paradoxo de uma taxa de desemprego alta e uma falta de mão de obra especializada ao mesmo tempo. Além disso, formando menos engenheiros e com menos pessoas buscando qualificação em áreas científicas, o país tem um fator limitante para a inserção das fábricas brasileiras na nova revolução industrial, batizada de indústria 4.0.

Menos pneus
 
Nos sete primeiros meses deste ano a indústria de pneus teve vendas 0,2% superiores às de igual período do ano passado, com destaque para o aumento de 6% nas vendas para as montadoras de automóvel. Já a venda de produtos para reposição teve queda de 1,9%, segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). Mas o setor teve um tombo de 4,5% em julho com relação ao mesmo mês de 2018, resultado puxado pela retração de 21,3% na comercialização de pneus de motocicletas.

Delivery uai
 
Com a venda de aproximadamente 70 mil lanches em um ano, o que representou um faturamento de R$ 1,7 milhão, a franquia da Delivey Much de Caratinga, em Minas, foi destaque em todo o país para o aplicativo de alimentação. Criada em 2011 na Incubadora Tecnológica da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a foodtech atua em 140 cidades de 16 estados. Segundo a E-bit Nielsen, o e-commerce brasileiro teve alta de 12% no primeiro semestre no comparativo com o mesmo período do ano passado.

Leniência

R$ 1,5 bilhão Foram devolvidos aos cofres públicos a partir de acordos assinados com empresas envolvidas em corrupção só neste ano, segundo a CGU.

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