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Estado de Minas BOMBA DO JAECI

Um fenômeno de gols chamado Haaland

Ele é artilheiro europeu com 50 gols na temporada, até aqui, jogando Champions League, Copa da Inglaterra e Premier League. Não é jogando campeonato estadual


01/05/2023 08:20 - atualizado 01/05/2023 08:25

O artilheiro Haaland já marcou 34 gols, em 30 jogos, na Premier League. Na temporada, são 50 bolas nas redes, em 44 partidas
O artilheiro Haaland já marcou 34 gols, em 30 jogos, na Premier League. Na temporada, são 50 bolas nas redes, em 44 partidas (foto: Adrian DENNIS / AFP)
Um norueguês de nome Erling Haaland é a nova sensação do Campeonato Inglês, com 34 gols em 30 jogos na Premier League, e 50 gols em 44 jogos na temporada. É o grande responsável pela boa fase do Manchester City, que deve ganhar a Premier League, mais uma vez, já que o Arsenal, que liderou a competição quase toda, perdeu fôlego no final, além de poder chegar à final da Champions League, caso passe pelo Real Madrid na semifinal. Ele é também o artilheiro dessa competição europeia. É um “Fenômeno” dentro da área, lembrando alguns gênios, como Ronaldo, Romário, Van Basten, Reinaldo, Careca e Roberto Dinamite. Mais recentemente, lembra Karin Benzema, mega-artilheiro do Real Madrid, cinco vezes campeão da Champions League. Nos bons tempos do futebol brasileiro, principalmente os jogadores que citei eram useiros e vezeiros em fazer mais gols do que o número de jogos. Reinaldo, por exemplo, tem uma marca imbatível de 28 gols em 18 jogos no Campeonato Brasileiro de 1977. Se no passado, quando tínhamos craques, era difícil quebrar a marca dele, agora eu posso garantir que é impossível.

Eu fico abismado quando alguns comentaristas e torcedores comemoram que numa competição de 38 rodadas, como o Brasileirão, os artilheiros fazem 19 gols. Uma média baixíssima para atacantes que ganham alguns milhões de reais por mês. Outra coisa: Haaland é artilheiro europeu com 50 gols na temporada, até aqui, jogando Champions League, Copa da Inglaterra e Premier League, não é jogando campeonato estadual, mesmo porque na Europa não existe essa competição, nem tampouco as federações. Se existisse, eu não teria a menor dúvida em dizer que ele passaria dos 100 gols numa única temporada. Um detalhe curioso é que Haaland nasceu em Leeds, na Inglaterra, tem 22 anos e 1,94m, mas tem dupla cidadania, pois seus pais são noruegueses, e ele optou por jogar pela Seleção da Noruega, o que nos impediu de vê-lo em ação no Mundial do Catar, já que a Noruega não se classificou. Tomara que se classifique para a Eurocopa de 2024. Imaginem se ele defendesse o time inglês? Com certeza, teria levado a seleção Inglesa à final da copa de 2022, pois não desperdiçaria aquele pênalti perdido por Kane, contra os franceses.

Como era bom ver Dario, o Rei Dadá, marcar gols e encher as redes dos adversários Brasil afora. Uma de suas frases mais espetaculares, quando foi perguntado se havia feito um gol feio, foi a seguinte: “feio é não fazer gols”. Dadá estava certo. Fazia gol de cabeça, de canela, de peito e até de bumbum, mas não deixava de carimbar as redes adversárias, nem tampouco de ser artilheiro das competições que disputava. Zico, Reinaldo, Roberto Dinamite, Careca e outros artilheiros que eu possa ter me esquecido tinham médias excepcionais de gols. Hoje é essa pobreza que a gente vê, e ainda tem gente que comemora. A geração “nutella” não tem culpa de ter nascido na época errada. Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol, faz um gol ou outro e perde 50 gols por jogo, para usar uma hipérbole, e é idolatrado. Em outras épocas, não engraxaria a chuteira de treino dos gênios que eu citei. E ainda tem gente querendo dizer que o Flamengo atual é melhor que o Flamengo de Zico. Que o Atlético campeão em 2021 é melhor que o de 1978 com Reinaldo, Cerezo, Éder. Pelo amor de Deus, em que planeta essa gente vive?

Os estádios andam cheios, principalmente depois da pandemia, mas os espetáculos estão aquém daquilo que imaginávamos. No Brasil, a bola rola 45 minutos e olhe lá! Jogos com mais de 50 faltas, arbitragens péssimas e médias de gols baixíssimas. É o que temos pelas bandas da América do Sul. Já estamos em maio e não há uma equipe referência no nosso futebol, como tivemos o Flamengo em 2019, o Galo em 2021 e o Palmeiras, em 2020. Hoje é tudo do mesmo, com jogos sofríveis. Sou saudosista e realista. Sei que a maioria dos torcedores não gosta e não quer ouvir verdades. Gostam de gente que mascara a realidade, que “passa pano” e que diz que tudo está maravilhoso. Não esperem isso de mim. Botar o dedo na ferida é a melhor forma de curá-la. Precisamos resgatar o que de melhor já tivemos no nosso futebol, e isso passa por um processo doloroso de verdades que são ditas por poucos profissionais qualificados, pois a grande maioria, lamentavelmente, nem jornalista formado é. São os novos tempos, que muitos chamam de “mi, mi, mi”.

Senna

O saudoso piloto, tricampeão mundial da F-1, Ayrton Senna, se foi num 1º de maio de 1994, Dia do Trabalhador. Deixou um legado, muitas saudades e nunca mais as manhãs de domingo foram as mesmas. Como diz meu amigo Galvão Bueno, “ele não morreu, está por aqui, em alguma dimensão. Volta e meia me vejo conversando com o Beco”, era assim que Galvão, os amigos e familiares de Senna o chamavam. Pois é, grande campeão, que realmente você esteja em uma dimensão bem melhor do que essa que estamos vivendo aqui. Com o coração que você tinha, não suportaria tanto ódio e tantos desmandos que o povo brasileiro está sofrendo. Eternamente, “Ayrton Senna do Brasil”, na voz do maior narrador da história, Galvão Bueno.

Niver

Nosso querido diretor-presidente dos Diários Associados, doutor Álvaro Teixeira da Costa, completou, ontem, 80 anos. Um guerreiro, um lutador, que com muita garra e dedicação mantém o grupo de pé. Parabéns Grande Chefe, como o chamo. Saúde e vida longa ao lado da querida Dona Nazaré, filhos e netos. Que Deus o abençoe.




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