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Estado de Minas TURISMO E NEGÓCIOS

Curitiba: Gestão estratégica garante turista satisfeito

Acredite, mesmo que o turista não saiba, ele entende (e consome) um destino planejado


11/07/2023 08:01 - atualizado 11/07/2023 08:14
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Miniatura tátil da estufa do Jardim Botânico de Curitiba
Miniatura tátil da estufa do Jardim Botânico de Curitiba (foto: Acervo do Curta Curitiba na Palma da Mão)


Não é novidade que Curitiba é, há muitos anos, modelo de cidade brasileira. Entre várias características da capital paranaense, uma se destaca, a limpeza. A cidade é realmente muito limpa, e tudo parece ter sido colocado estrategicamente em seu devido lugar, as calçadas, os prédios, a iluminação, e até os pontos de ônibus. Ou seja, uma infraestrutura de qualidade já é meio caminho andado para um turismo eficiente. Afinal, cidade boa para visitar primeiro precisa ser boa para morar. Mas, com um “plus”, Curitiba vem inovando na gestão estratégica do turismo, o que garante que o turista saia satisfeito da cidade.

Na maioria das vezes, o turista vai para um destino e nem sabe o que é feito lá para o desenvolvimento da atividade. Quantos planos, quanta interação, quantos projetos interdependentes são necessários para fazer a atividade turística acontecer de fato. Mas não se engane. O turista contemporâneo sabe perceber quando há gestão, mesmo que não conheça os projetos, ou mesmo que não tenha noção técnica da gestão do turismo. Isso porque uma boa gestão reflete na viagem dele. 

Neste sentido, Curitiba tem investido em planos e metodologias para o desenvolvimento do setor, levando muito a sério as abordagens de sustentabilidade e acessibilidade. Já percebida na prática como uma cidade inteligente em diversos aspectos, em 2020 o Instituto de Turismo de Curitiba, em parceria com o Sebrae Paraná e o BID, abraçaram a metodologia do Destino Turístico Inteligente, ou simplesmente, DTI. A metodologia foi criada na Espanha em 2012, mas o ministério do Turismo brasileiro adaptou à realidade brasileira, a fim de transformar nossas cidades turísticas em destinos mais competitivos, atraentes e inovadores. 

Além dos aspectos internos de inovação na governança do turismo na cidade, algumas iniciativas já podem ser sentidas pela população e pelos turistas. A implantação de uma escola com o objetivo de capacitar e qualificar profissionais do setor para hospitalidade, atendimento e tantas outras inerentes ao setor do turismo já está em andamento. Outro tema que ganhou destaque na aplicação do DTI é a acessibilidade, bem como a mobilidade. 

Foi aí que, nesse trabalho a muitas mãos, foi possível sensibilizar pessoas especializadas nas temáticas da acessibilidade e mobilidade para um olhar específico para o setor do turismo. E, segundo Tatiana Turra, presidente do Instituto de Turismo de Curitiba, “começamos a aprender com eles sobre o tema, e eles aprenderam com a gente sobre o turismo. E surgiram coisas fantásticas!”

Na obra do Jardim Botânico, por exemplo, a reforma foi entregue e teve um olhar muito técnico, orientado para a acessibilidade. Isso também aconteceu nas rotas acessíveis do centro histórico. Recentemente, foi lançado o Curta Curitiba na Palma da Mão, um projeto totalmente construído dentro do ecossistema de inovação, que apresenta a cidade para as pessoas com deficiência visual. São peças em miniatura dos principais atrativos turísticos de Curitiba para que as pessoas com deficiência visual possam tatear e entender melhor como eles são. Juntamente, há o serviço da audiodescrição, que referencia o local onde o visitante está. 

Já o Sebrae Paraná consegue fazer o elo da metodologia DTI com os empresários - afinal, a iniciativa privada é o coração da atividade turística. É ela que proporciona a organização da tríade: o que fazer, onde ficar e onde comer, em um destino. Por isso, é extremamente importante que ela esteja em perfeita sintonia com o posicionamento do destino.

Para Patrícia Albanez, Coordenadora Estadual de Turismo, Economia Criativa e Artesanato do Sebrae Paraná, “o turismo é uma economia muito importante, porque faz circular no estado, dinheiro de fora. Por isso, trabalhamos em parceria também o setor público. O turismo tem uma capacidade enorme de compartilhar riquezas, porque na verdade o turista compra do local, que, além de fortalecer a cultura, movimenta a economia. Por isso o Sebrae olha para o pequeno, afinal são 150 mil empresas do turismo no estado do Paraná, dessas 94% são micro e pequenas empresas. Então, entendemos que o setor é muito estratégico para as micro e pequenas empresas”.

São várias as percepções que os turistas podem ter a partir da gestão compartilhada que tem sido feita em Curitiba e no estado do Paraná. Desde o atendimento no hotel, até uma experiência construída especialmente para este turista que está cada vez mais exigente e atento às iniciativas sustentáveis e acessíveis.

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