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Estado de Minas COLUNA HIT

Mineiro é convidado para representar no Brasil escritório de moda de NY

Nome forte do mercado fashion, Arizio Melo será responsável pela curadoria de marcas e produtos da Anda Strategy, de Renato Pagani


21/08/2023 04:00 - atualizado 21/08/2023 03:48
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Arizio Melo olha para a câmera e sorri
Arizio Melo afirma que Minas Gerais é celeiro de talentos da moda (foto: Lucas Magalhães/divulgação)

'Celebramos o estar bem-vestido sem ditar regras. Viva a liberdade e o conforto de vestir!'

Arizio Melo, diretor de comunicação


O tempo apagou algumas referências da moda em Minas Gerais. O Central Shopping, por exemplo, que ocupava o prédio na Avenida Afonso Pena quase com Avenida Brasil, ficou na lembrança de quem viveu o final dos anos 1980 e início dos 1990. 
 
Se é difícil encontrar informações sobre o empreendimento na internet, não se pode dizer o mesmo das figuras que fazem parte da história da moda. A trajetória de Arizio Melo começou ali, naquele burburinho fashion, em seu primeiro posto de responsabilidade em uma grande marca, a Fiorucci, de Gloria Kalil.
 
De lá para cá, muita coisa aconteceu no mercado. Ano após ano, Arizio cresceu no segmento, diversificando sua atuação. Nesta entrevista, ele conta que sua nova conquista vem do convite para representar respeitado escritório de moda com sede em Nova York.

O que significa para você o convite do mineiro Renato Pagani para trabalhar com ele na Anda Strategy, escritório de moda em Nova York?
Foi um momento mágico. Senti-me honrado, fortalecido e cheio de gratidão. O Renato é um profissional incrível e muito respeitado no que faz. Trabalhar na Anda Strategy é uma forma de me sentir quase realizado.

Como será o seu trabalho?
Serei um braço da Anda Strategy no Brasil. Farei curadoria de marcas e produtos que tenham o perfil que queremos. Vou exercer várias funções, dentre as quais relações públicas, suporte e comercialização dos produtos.

Como vê a produção mineira? Ela vai garantir uma boa curadoria para o escritório?
Minas é celeiro de criadores, o design mineiro é repleto de qualidade, detalhe e criatividade. Cada vez mais, vemos nascer criadores talentosíssimos nas artes, arquitetura, design, joias, bijuterias, gastronomia e vários segmentos. Deparamos com Carlos Penna, Alva Design, Lucas Magalhães e uma infinidade de talentos.

Você arrisca dizer que a moda mineira está em uma de suas melhores fases? 
Temos muitos olhares mirando nossa criatividade. Como estamos vivendo instantes de recomeço, enxergo a moda com relevância para a economia. Cada vez mais, vejo marcas já consolidadas encontrando seu nicho específico e se dando bem.

Nos anos 1980, você começou como gerente da Fiorucci, no extinto Central Shopping. Qual é o balanço que você faz da moda? O que você viu, lá atrás, e ainda serve de referência?
O jeans se torna o carnaval da moda, todos querem uma calça azul e desbotada, mas agora com outro status. Surgem as grandes marcas lideradas pela Zoomp, Forum, Fiorucci e tantas mais. A moda passa a ser consumida pensando-se no status que ela vai te dar, em vestir uma peça de etiqueta. Ou seja, popularmente falando, nasce a famosa “roupa de marca”. O glamour começa a tomar conta de todos, que querem parecer bem-nascidos. Dos 80, herdamos o olho clínico para apreciar e distinguir uma peça com qualidade e diferenciação. O uso de cores permanece e o preto é sinônimo de elegância. A década de 80 continua cheia de referências para os dias atuais. Celebramos o estar bem-vestido sem ditar regras. Viva a liberdade e o conforto de vestir!

Você tem mais de 40 anos de mercado da moda, com experiência em vários setores. Quais os momentos mais marcantes dessa trajetória?
Os anos 80 foram a mistura de sonhos e ousadia – década de ouro pra moda, atitude e liberdade. A moda se tornou item necessário e exerceu grande influência nos costumes. Das marcas, cito a Fiorucci, meu batismo na moda; a Salve-Rainha!, da qual fui cofundador, trabalhei com o talentoso fashion designer Martielo Toledo como criador, desbravando espaço para a nova atitude dos anos 90 e recolocando Minas no cenário da moda contemporânea; e a Coven, onde alcancei amadurecimento profissional – vitrine mundial para meu trabalho de direção de comunicação de uma das marcas mais importantes do cenário. Sua diferença é a alquimia do tricô executado pela brilhante designer Liliane Rebehy. Dos projetos, cito o Ponto G Assessoria e Consultoria, primeira franquia do sex-shop que teve vitrines assinadas por Martielo Toledo, loja de rua fixada em ponto nobre. Ter a oportunidade de trabalhar com Lucas Magalhães, sendo inclusive convidado por ele a estrear suas campanhas como modelo e vendo a moda por outro ângulo.
 


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