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Estado de Minas MÚSICA

João Carlos Martins emociona plateia com suas histórias e seu repertório

Maestro e pianista abriu a programação cultural do projeto Cidade de Natal, no Palácio das Mangabeiras, que vai funcionar até 23 de dezembro


09/12/2021 04:00 - atualizado 09/12/2021 03:05

Maestro João Carlos Martins rege jovens músicos da Orquestra Inhotim, ao fundo vê-se a plateia
Maestro João Carlos Martins regeu a Orquestra de Câmara Inhotim (foto: Glaucimara Castro/divulgação)

Faltavam poucos minutos para abertura da Cidade de Natal, no Palácio das Mangabeiras, quando o astro daquela manhã de domingo surgiu a bordo de um carrinho de golfe. Não era o Papai Noel, mas, ao reconhecer o maestro João Carlos Martins, papais, mamães e a garotada fizeram a festa. O pianista e regente fez questão de saudar todos com a mão fechada, como recomenda o protocolo de combate ao coronavírus. “Peça ao seu pai para me ligar”, disse ele a uma das fãs que o cumprimentaram.
 
Complexo montado no Palácio das Mangabeiras, a Cidade de Natal tem a casa de Papai Noel funcionando na residência oficial do governador de Minas, inaugurada em 1955. O projeto é de Oscar Niemeyer, com jardins de Burle Marx. Oficinas de arte e reciclagem, trenzinho e lojinhas estão espalhados pela área, onde a criançada pode se divertir à vontade.
 
O maior espaço, com palco e 360 cadeiras, já estava cheio quando João Carlos Martins chegou para o concerto com a Orquestra de Câmara Inhotim, formada por 26 estudantes de música de Brumadinho e outras cidades. “É uma honra estar aqui regendo esta fantástica camerata”, elogiou o pianista, antes de convidar o maestro César Timóteo para assumir a regência. “O trabalho do César é emocionante”, afirmou.
 
Entre uma música e outra, em 90 minutos de apresentação, o bem-humorado Martins contou várias histórias, como a do dia em que descobriu o poder das redes sociais. Por incentivo do ator Alexandre Nero, que fez o papel dele no longa “João”, o maestro criou conta no Instagram. Às terças e sábados, posta imagens de seus concertos pelo mundo.
 
“Coloquei uma peça de Bach com cerca de 60 segundos, que conquistou 33 milhões de visualizações. Minha mulher ficou com ciúmes porque a Charlize Theron e a Michelle Pfeiffer fizeram elogios. Foi aí que aprendi o que significa rede social. A rede social está ajudando a democratizar a música clássica”, afirmou.
 
Martins também comentou os efeitos da doença que o deixou 22 anos sem colocar os dedos no piano. “Tocava 21 notas por segundo. Agora, uma nota em cada 21 segundos. Mas faço isso há anos, com a mesma paixão”, contou, sob aplausos.
 
A menina Hanna Santos canta, vestida de branco, observada pelo maestro João Carlos Martins, tendo a Orquestra Inhotim ao fundo
João Carlos Martins assiste à apresentação de Hanna Santos, de 13 anos (foto: Glaucimara Castro/divulgação)
 
 
Hanna Santos, filha de César Timóteo, garota de 13 anos, Giovanni Martins e o solista Renato Eucota eram os convidados do concerto, que emocionou todos naquela manhã de domingo. “Que 2022 seja o ano da esperança, da volta ao normal e, se Deus quiser, do fim da pandemia”, disse João Carlos Martins.

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