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Estado de Minas ARTES CÊNICAS

O humor sobrevive. De máscara e sem poder ver o público gargalhar

O ator Carlos Nunes conta, na seção 'Terceiro sinal' da coluna HIT, como é voltar ao palco nestes tempos de pandemia


26/11/2021 04:00 - atualizado 26/11/2021 07:40

ilustração do Lelis
.

Carlos Nunes
Ator

Sou ator de vocação e de profissão.

Fui um dos primeiros a parar com a pandemia, mas tive o privilégio de ser um dos primeiros a voltar à cena. Era a mistura de medo e insegurança com a ansiedade que não cabia no peito.

Medo de as pessoas não irem me ver. Insegurança sobre se eu ainda sabia o meu ofício de fazer rir, depois de 18 meses sem exercitá-lo. Ansiedade para ver a gargalhada brotando no rosto da plateia.


A máscara que protege também nos afasta das gargalhadas, nos impede de ver o riso da plateia – público ainda tímido, mas saudoso e sedento da alegria e da magia do teatro.

Minha volta foi em grande estilo, com a rainha da alegria: Kayete, especialista em animar milhões de ouvintes pelo Brasil com seu humor contagiante e sua generosidade infinita.

Foi possível sentir que as pessoas que passaram a trabalhar em casa, no “novo normal” home office, estavam ávidas por sair, encontrar os amigos em um ambiente aconchegante e divertido. Prova disso foi a gente não vender nem sequer um ingresso sozinho, eram sempre três ou quatro no mesmo CPF.

Leio agora a notícia de que teremos carnaval. É a vida voltando ao antigo normal, depois do longo período “fique em casa”.

Sempre acreditei que o teatro sobreviveria, pois sobreviveu a várias pandemias. O que mais desejo é levar alegria pras pessoas de forma direta, ali, todas as noites. Sem o filtro da TV ou do cinema.

Numa noite de sábado, não há dinheiro que pague encontrar um bom texto e bons atores. Com muita responsabilidade, é necessário que a emoção sobreviva.

O show não pode parar.

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