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Estado de Minas COLUNA HIT

Aos 96 anos, Célia Laborne diz que internet é dádiva em tempos de pandemia

Escritora e jornalista revela que as novas formas de comunicação a ajudam a enfrentar o isolamento social imposto pela COVID-19


27/03/2021 04:00 - atualizado 27/03/2021 07:57


VIVENDO E APRENDENDO

Célia Laborne
Jornalista e escritora

Não há lição maior do que a de uma pessoa que passa dos 90 anos. Para mim, chegou a vez de aprender com a inesperada pandemia da COVID-19, nada agradável de se atravessar, mas que, realmente, nos ensina muitas coisas.

Hoje, eu me vejo passar por um tempo desafiador, não de todo lúcida, mas sempre assimilando alguma profunda verdade, que provavelmente não encontraríamos de outra forma. Estou vencendo etapas que não estavam no meu programa, mas que me trouxeram pedaços da grande sabedoria que só Deus pode nos dar, quando nos fixamos nos seus ensinamentos mais profundos.

Eu busco sustentação nas bases da filosofia oriental, que aprendi a amar e difundir aqui no Ocidente. Lições de profunda sabedoria milenar, que nos trazem para o centro de nós mesmos, proporcionando o aprimoramento da nossa espiritualidade. A exemplo disso, a recente pandemia envolve toda a humanidade, sem que para ela estivéssemos preparados.

Esse vírus agressivo veio alertar a humanidade para que nos voltemos mais para aquilo que o universo nos pode dar e nos faz compreender melhor a vida em sua plenitude. Assim também como a antivida, ou seja, uma forma de viver sem razão de ser, sem consciência do propósito mais profundo de estar neste planeta.

Uma das lições aprendidas na pandemia é a necessidade de se criar um novo modo de convivência, já que não podemos abraçar, nem mesmo nos aproximar das pessoas que amamos. Estamos recorrendo às formas virtuais para abastecer a ausência pessoal dos parentes e amigos, que se tornam presenças constantes na nossa comunicação.

Confesso que, graças à internet, eu me sinto até mais integrada com todos, apesar do distanciamento físico que nos foi imposto. Percebo que têm brotado sentimentos muito positivos nas manifestações que recebo dos amigos. As mensagens são sempre calorosas, cheias de empatia, de benevolência e abundantes em poesia. E, assim, seguimos compartilhando afetos, vivendo e aprendendo também com a pandemia.

Para mim, é uma dádiva atravessar os tempos atuais acompanhando e usufruindo das novas formas de comunicação que me são apresentadas e que me conectam com o mundo, sem sair do espaço em que vivo.

Quando olho pelo retrovisor da minha vida como um todo, vejo um filme que protagonizei com dignidade e, até aqui, no alto dos meus 96 anos, eu me sinto vitoriosa e agradecida por participar de tantas cenas significativas e ter muitas histórias para contar.

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