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Estado de Minas padecendo

'Não quer vacinar, assuma consequências. Não negue o direito das crianças'

Chegou a vez das crianças e tem um monte de mãe apavorada. Medo de miocardite, medo do mRNA, quando o maior inimigo das crianças é a doença, covid


21/01/2022 04:00 - atualizado 20/01/2022 09:02

imagem de uma menina sendo vacinada
A vacinação das crianças é fundamental para proteção delas e de quem convive com elas (foto: Depositphotos)


Desde que meu filho nasceu, a caderneta de vacinação dele está em dia. Não preciso dizer que amo as vacinas, que tem sido uma alegria ver os brasileiros sendo vacinados contra a COVID-19. Todo mundo postando foto desse momento, o número de mortes caindo, embora o número de casos esteja aumentando.

Foi graças à vacina que voltamos a sair, a encontrar amigos eventualmente, a caminhar na rua com máscara, mas com menos preocupação. Foi graças à vacina que muita gente contraiu a doença, mas numa forma leve, que pode ser tratada em casa, sem precisar de internação.

Também foi graças à vacina que eu tive o desprazer de ver meia dúzia de barbudos grisalhos se manifestando contra a vacinação. Aqueles senhores chiliquentos fazendo uso da liberdade de expressão na Avenida Paulista, com música bem alta, bandeiras e cartazes.

Eles tinham algumas placas contra o passaporte sanitário, mas também tinha uma placa onde pude ler: "Vacina obrigatória é estupro". Sim, eles têm direito de se manifestar contra o que eles quiserem, eles têm o direito de não se vacinar e morrer em paz numa UTI particular, mas não dá para aceitar comparar vacina com estupro.

Vacinas salvam vidas, evitam que tenhamos formas graves das doenças. Vacinas já erradicaram doenças como sarampo e pólio, e tem doença que foi erradicada e está voltando por causa de mentiras baseadas em alucinação coletiva. Vacina obrigatória não tem nada a ver com estupro, tem a ver com o bem comum, sim, de novo aquele papo de pacto coletivo. Estupro é o oposto. Estupro despedaça a vida de uma pessoa, destrói, humilha. Estupro é crime. Estupro é ódio.

Vacinas salvam vidas! Não quer se vacinar, assuma as consequências, como foi obrigado a fazer Djokovic, abrindo mão da glória às custas do negacionismo. Mas não compare a vacinação com um ato tão degradante quanto o estupro, tenha o mínimo de decência! Não sugira a volta da ditadura e queira ter liberdade de expressão, tenha o mínimo de coerência! Durante a ditadura militar no Brasil, a vacinação era obrigatória. Sem vacinas as crianças não podiam ser matriculadas na escola, e ninguém tinha o direito de ir pra rua reclamar!

Se você não quer se vacinar, assuma as consequências da sua escolha. Se você tem filhos, você pode assumir as consequências? Como bem disse a infectologista pediátrica Daniela Caldas: “Quando a gente fala em vacinação e imunização, uma coisa que sempre fica muito forte pra mim é que a vacina que a gente dá e funciona, a gente nunca vai saber se ela funcionou ou não. A gente vai continuar a ver a criança feliz, brincando e indo para a escola. Mas aquela vacina que a gente deixa de dar e a criança adoece e vai para o CTI, essa vacina a gente sabe que deveria ter dado. E para esse arrependimento, infelizmente, não tem remédio”.

Até completar um ano de idade, uma criança já tomou 24 vacinas pelo SUS, e todo mundo leva os filhos para vacinar sem questionar de onde vieram o do que são feitas essas vacinas. Todo mundo sabe que elas funcionam.

A vacinação contra a COVID-19 começou há um ano no Brasil. Quanto mais pessoas vacinadas, menos óbitos. A vacinação dos adultos começou enquanto as mentiras sobre a vacina corriam soltas. É chip chinês que vai ser implantado no braço do vacinado, é DNA que vai ser alterado. E estamos aqui, vacinados e com o mesmo DNA de sempre.

Meu filho tem 12 anos e já tomou duas doses da Pfizer e, claro, teve muito terrorismo em cima da vacina dos adolescentes. Mas a maioria deles também já está com a vacina em dia e está tudo bem. Chegou a vez das crianças e tem um monte de mãe apavorada. Medo de miocardite, medo do mRNA, quando o maior inimigo das crianças é a doença, a covid.

Durante o mês de janeiro, tenho co- lhido depoimentos de mães cujos filhos estão vacinados. Mães que vivem no Brasil e em vários outros países onde a vacinação infantil está mais adiantada. Na França, nos EUA, em Portugal, na Itália estão aplicando a Pfizer. No Chile, as crianças recebem a CoronaVac. Se quiser conferir os depoimentos dessas mães, veja no Instagram ou no Facebook @padecendo fotos e depoimentos e muitas outras informações sobre a vacina das crianças de 5 a 11 anos. Não negue esse direito às crianças. Vacinas salvam vidas!

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