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Estado de Minas BAPTISTA CHAGAS

O ''risco real'' de adiamento das eleições e Lula entra em cena

''Sou totalmente contra essa possibilidade. A democracia é feita de eleições periódicas e alternância no poder'', diz ministro Barroso, do STF


postado em 02/05/2020 04:00 / atualizado em 02/05/2020 09:28

Lula foi às redes sociais falar em fim do capitalismo(foto: Flickr)
Lula foi às redes sociais falar em fim do capitalismo (foto: Flickr)

Que feriadão que nada! Ontem foi o Dia do Trabalhador, mas teve muita gente trabalhando. Basta começar com o próximo comandante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, que destacou haver de fato um risco de adiamento das eleições de prefeitos e vereadores. No meio do caminho está a COVID–19.
 
Em pleno Dia do Trabalhador, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) enalteceu que todos os brasileiros e brasileiras movimentam e engrandecem o nosso país. A presidente da entidade, Renata Gil, gravou vídeo para celebrar a data e exaltar a atuação da Justiça do Trabalho e dos seus juízes. “Eles garantem que todos os direitos sociais inscritos na Constituição sejam respeitados para a construção de uma sociedade justa e igualitária”, ressaltou Renata.
 
Voltando ao ministro Barroso, bastaria um trecho: “risco real”. A referência que ele fez trata das eleições municipais. Só que tem “um porém”. Melhor ele mesmo deixar evidente: “Sou totalmente contra essa possibilidade. A democracia é feita de eleições periódicas e alternância no poder”.
 
Bastaria, mas ele fez ainda uma última declaração, quase o resumo da ópera: “Os prefeitos e vereadores que estão em exercício neste momento foram eleitos para quatro anos”. Melhor trazer uma ressurreição política, isso mesmo, ele voltou aos velhos tempos.
 
“1º de maio: está em nossas mãos, nas mãos dos trabalhadores, a tarefa de construir o novo mundo que vem aí”. Para deixar claro, é vídeo de Ricardo Stuckert e o registro @LulaOficial. “A tragédia do coronavírus expôs à luz do sol uma verdade inquestionável: o que sustenta o capitalismo não é o capital. Somos nós, os trabalhadores”.
 
Começou assim, mas o ex-presidente Lula ainda acrescentou: “É essa verdade, nossa velha conhecida, que está levando os principais jornais econômicos do mundo, as bíblias da elite mundial, a anunciarem que o capitalismo está com os dias contados. E está mesmo, está moribundo”.
 
E claro que não deixaria de passar ao ataque. “Não me refiro apenas ao deboche do presidente da República com a memória de mais de 5 mil brasileiros mortos pela COVID”, ressaltou, deixando claro “o verdadeiro caráter” do presidente da República, Jair Bolsonaro.
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 19/3/18)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 19/3/18)

 
Melhor, então dar um toque feminino antes de encerrar: a ex-deputada federal e candidata à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018 Manuela D'Avila (PCdoB), afirmou que a pandemia da Covid-19 chega ao país durante o “pior governo de nossa história”.

Reconhecimento

O deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB) fez questão de cumprimentar os trabalhadores que garantem o funcionamento do Brasil durante a pandemia da COVID-19. Durante a reunião ordinária nesta semana na Assembleia Legislativa, realizada de forma remota, ele fez questão de enaltecer o trabalho dos profissionais de saúde que estão à frente da batalha, desde os médicos até o pessoal da limpeza e da recepção nos hospitais.
 

E tem mais:

Arantes homenageou também os produtores rurais mineiros, que bateram recorde na safra deste ano: “É graças a eles que o estado não está falido e temos o que comer em nossa mesa. Pra eles também não tem feriado, sábado ou domingo, e trabalham dia e noite sem parar, inclusive no Dia do Trabalho”, afirmou. O deputado citou ainda os empreendedores, os pequenos e os grandes empresários que mantêm seu negócio essencial funcionando para atender a população, e saudou os caminhoneiros que cruzam o país. “Então, que Deus proteja a todos neste 1º de maio”, concluiu.

Pluripartidária

A reação política em torno do Dia do Trabalhador: gravaram mensagens os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bem como os ex-ministros e ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede). Após 31 anos, FHC e Lula  "voltaram a dividir o palanque". A última vez foi na reta final do segundo turno de 1989, quando o tucano apoiou Lula contra Fernando Collor, que acabou sendo eleito. Em 1978, Lula chegou a fazer campanha para FHC na disputa para o Senado. Já em 1984, os dois participaram da campanha das Diretas Já.

Normalidade?

“Eu tenho certeza que, Deus acima de tudo, brevemente voltaremos à normalidade. Eu gostaria que todos voltassem a trabalhar, mas quem decide isso não sou eu. São os governadores e prefeitos”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada a cerca de 20 agricultores que foram convidados pela deputada federal Bia Kicis (PSL–DF) e estiveram com o presidente na manhã de ontem no Palácio da Alvorada. Ele recepcionou o grupo na portaria da residência oficial e seguiu com eles para o interior do Palácio. A agenda oficial: “sem compromisso oficial”.

Dúvida atroz

Uai, qual é a conta que vale? “Governo federal já investiu R$ 35,5 bilhões no pagamento do benefício de R$ 600. A primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600 já está na conta de 50 milhões de brasileiros (1º de maio de 2020, às 6h03). Mais de 46,2 milhões de brasileiros já tiveram a primeira parcela de R$ 600 do auxílio emergencial creditada em suas contas, o que representa um investimento do governo federal de R$ 32,8 bilhões nos pagamentos. (1º de maio de 2020, às 9h57)”. Diminuiu em questão de algumas horas?

pingafogo


• Em tempo, sobre a nota Dúvida atroz: cerca de 32,8 milhões de pessoas ficaram inelegíveis num primeiro instante, mas poderão corrigir as informações no aplicativo da Caixa para que as autoridades possam avaliar com mais clareza a pertinência do benefício.
 
• Quem destacou isso foi o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (foto) (DEM–RS), acrescentando que cerca de 32,8 milhões de pessoas ficaram inelegíveis num primeiro instante, mas, vale repetir, poderão corrigir as informações. E pede mais “clareza”. Ah! Me poupe!

• A Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito Rio) recebe até 8 de maio inscrições para a 9ª Edição do curso de Direito para jornalistas. Os encontros serão realizados a
distância (via plataforma Zoom) com aulas ao vivo.

•  Elas abordarão aspectos jurídicos impactados pela pandemia da COVID–19. As discussões envolvem diferentes áreas do Direito, como consumidor, internacional, tributário, anticorrupção, tecnologia, e por aí vai. O curso é gratuito e voltado para jornalistas de todo o Brasil.

•  As aulas virtuais ocorrerão de 11 a 22 de maio, das 9h às 10h30, com carga total de 15 horas. Bem que queria, mas tudo indica que não terei tempo. Sendo assim, o melhor é encerrar por hoje. Já estou atrasado.
Bom sábado a todos.

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